O que pode a cultura material enquanto fonte para o estudo da história afro-brasileira e africana nas escolas?
Por um ensino de História pluriepistêmico
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i36.31749Palabras clave:
Pluriepistemologias. Cultura material. História afro-brasileira e africana.Resumen
O presente texto tem o intuito de demonstrar que a cultura material, ao ser abarcada como fonte para o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana, tem o potencial de contribuir para práticas pautadas em pluriepistemologias. Para tanto, argumentamos sobre a necessidade de debater o papel das fontes diretas no ensino de História, bem como expomos possibilidades advindas do estudo da fonte material, em diálogo com a chamada arqueologia da diáspora. Dessa maneira, discutimos como as estratégias materiais colocadas em prática pelos africanos e por seus descendentes nos permitem perceber uma parcela de seu complexo repertório de conhecimentos.
Descargas
Citas
BARROS, José d’Assunção. Fontes históricas: revisitando alguns aspectos primordiais para a pesquisa histórica. Mouseion. Canoas, n. 12, pp. 129-159, 2012.
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.
CARVALHO, José Jorge de. Encontro de saberes e descolonização. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
GOMES, Nilma. O movimento negro educador. Petrópolis: Vozes, 2017.
LIMA, Tânia; SENE, Glaucia; SOUZA, Marcos André de. Em busca do Cais do Valongo. Anais do Museu Paulista. São Paulo, n. 1, vol. 6, pp. 299-391, 2016.
LIMA, Tânia. Cultura material: a dimensão concreta das relações sociais. Revista Museu Emílio Goeldi. Belém, v. 6, n. 1, pp. 11-23, 2011.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidade del ser. In: CASTRO-GOMÉZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramon (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidade epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, 2007.
MARQUES, Lucas. A vida dupla das coisas. Textos Graduados. Brasília, v. 1, pp. 63-78, 2015.
MENESES, Ulpiano de. Cultura material no estudo das sociedades antigas. Revista de História. São Paulo, n. 115, pp. 103-117, 1983.
MIGNOLO, Walter. La opción de-colonial: desprendimiento y apertura. Tabula Rasa. Bogotá, n. 8, pp. 243-281, 2008.
_________________ . Histórias locais/Projetos globais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
PAZ, Francisco. Na casa de Ajalá: comunidades negras, patrimônio e memória contracolonial no Cais do Valongo. Brasília, UnB, 2019. [Dissertação de Mestrado].
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, cultura y conocimiento en América Latina. Ecuador Debate. Quito, n. 9, pp. 227-238, 1998.
SANTOS, Boaventura. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do sul. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
SOUZA, Marcos André de. Por uma arqueologia da criatividade: estratégias e significações da cultura material utilizada pelos escravos no Brasil. In: AGOSTINI, Camilla (Org.). Objetos da escravidão. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.
_________________________ . A vida escrava portas adentro: uma incursão as senzalas o Engenho de São Joaquim, Goiás, século XIX. Revista Maracanan. Rio de Janeiro, n. 07, v. 07, pp. 83-109, 2011.
SYMANSKI, Luís Cláudio. A arqueologia da diáspora africana nos Estados Unidos e no Brasil: problemáticas e modelos. Afro-Ásia. Salvador, n. 49, pp. 159-198, 2014.
_________________________ . Africanos no Mato Grosso: cultura material, identidades e cosmologias. In: AGOSTINI, Camilla (Org.). Objetos da escravidão. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.
_________________________ . Cerâmicas, identidades escravas e crioulização nos engenhos de Chapada dos Guimarães. Revista de História da Unisinos. São Leopoldo, n. 14, pp. 294-310, 2010.
ULHOA, Clarissa. A cultura material no ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana: por uma pedagogia decolonial. Goiânia: UFG, 2018 [Tese de Doutorado].
WEDDERBURN, Carlos. Novas bases para o ensino da história da África no Brasil. In: Educação Antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal 10639/2003. Brasília: MEC, 2005, pp. 134-142.
WISSENBACH, Maria. Cartas, procurações, escapulários e patuás: os múltiplos significados da escrita entre escravos e forros na sociedade oitocentista brasileira. Revista Brasileira de História da Educação. Campinas, n. 4, pp. 103-122, 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Em Tempo de Histórias
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).