Memórias da repressão do governo revolucionário a homossexuais em Cuba
um estudo dos testemunhos de ex-umapianos (2007-2019)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i38.35321Palavras-chave:
Revolução Cubana. UMAPs. Repressão.Resumo
Na década de 1960 funcionaram em Cuba as Unidades Militares de Ajuda à Produção (UMAPs). Oficialmente, essas unidades eram centros de trabalho agrícola cujo objetivo era recrutar jovens que não eram considerados capacitados para o serviço militar. No entanto durante o período de funcionamento dessas unidades surgiram denúncias de que as UMAPS estariam funcionando como prisões para os sexualmente desviados, grupos religiosos, hippies, e para presos políticos. Nesse sentido, este trabalho analisa testemunhos de ex-umapianos, no período compreendido entre 2007 e 2019, acerca das experiências de homossexuais que foram confinados nas UMAPs e sofreram com a repressão praticada pelo governo revolucionário. Para isso, são analisados artigos de opinião e notícias veiculadas em blogs de dissidentes cubanos e em jornais on-line, com ênfase para as memórias subalternas e suas formas de emersão em meio à s disputas de poder.
Downloads
Referências
CANDAU, Joël. O jogo social da memória e da identidade (1): transmitir, receber. In. Memória e identidade. Trad. Maria Leticia Ferreira. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2018, p.105-136.
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Tradução: Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.
CRUZ, Heloisa de Faria; PEIXOTO, Maria do Rosário da Cunha. Na oficina do historiador: conversas sobre História e imprensa. Projeto História, São Paulo, PUC-SP, n.35, p. 253-270, dez. 2007.
DDC. Mariela Castro dice que ha mentido y usado el nombre de su padre para defender a homosexuales [06/02/2013]. Disponível em: <http://archivo.diariodecuba.com/cuba/1360109986_2272.html>. Acesso em: 14 out. 2019.
DDC. Mariela Castro vuelve a relativizar las UMAP y dice que 'no hay tanto racismo' [16/08/2013]. Disponível em: <http://archivo.diariodecuba.com/derechos-humanos/1376685399_4671.html>. Acesso em: 28 out. 2019.
GUEVARA, Ernesto Che. El socialismo y el hombre en Cuba. Discurso proferido em 12 de março de 1965. Disponível em: <https://www.oceansur.com/catalogo/titulos/socialismo-hombre-en-cuba-folleto>. Acesso em: 31 mar. 2020.
MADERO, Abel Sierra. Academias para producir machos en Cuba. Letras libres, 21 jan. 2016. Disponível em: <https://www.letraslibres.com/espana-mexico/politica/academias-producir-machos-en-cuba>. Acesso em: 17 nov. 2019.
MADERO, Abel Sierra. La política, la religión y el hombre nuevo: al habla con Carlos Manuel de Céspedes [05/01/2014]. Disponível em: <http://archivo.diariodecuba.com/cuba/1388872692_6561.html>. Acesso em: 28 out. 2019.
MARQUES, R. A condição mariel: memórias subterrâneas da experiência revolucionária cubana (1959-1990). Tese (Doutorado em História) ”“ Universidade de Brasília, Brasilia, 2009.
ORIHUELA, José Luis. Blogs e blogosfera: o meio e a comunidade. In: ORDUÑA, Octavio. I. Rojas; ALONSO, Julio; ANTÚNEZ, José Luis; ORIHUELA, José Luis; VARELA, Juan. BLOGS: revolucionando os meios de comunicação. São Paulo: Thomson Learning, p. 01-20, 2007.
PERICÁS, Luiz Bernardo. Che Guevara e o Homem Novo. In: COGGIOLA, Osvaldo (org). Revolução Cubana: história e problemas atuais. São Paulo: Editora Xamã, 1998, p. 95-111.
POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992.
PONTE, Antonio José. Los Castros y los campos de concentración [07/02/2013]. Disponível em: <https://diariodecuba.com/cuba/1360209754_489.html >. Acesso em: 14 out. 2019.
PONTE, Antonio José. Qué fueron las UMAP [23/02/2014]. Disponível em: <https://diariodecuba.com/cuba/1393116891_7285.html>. Acesso em: 28 out. 2019.
SÁNCHEZ, Yoani. “El mito de Cuba ya se ha despedazado en gran parte” [14/07/2014]. Disponível em: <https://www.14ymedio.com/entrevista/Mario_Vargas_Llosa_0_1596440346.html>. Acesso em: 15 jan. 2020.
SANTOS, Giselle Cristina dos Anjos; ARAS, Lina Maria Brandão. Gênero e Revolução: o novo homem e a nova mulher na Revolução Cubana. III Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais: olhares diversos sobre a diferença. João Pessoa- PB, 2011.
SELIGMANN-SILVA, Marcio. O local do testemunho. Tempo e Argumento. Florianópolis, v.2, n.1, p.3-20, jan./jun. 2010.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, n. 2, jul./dez. 1995, p. 71-99.
TAHBAZ, Joseph. Demystifying las UMAP: The Politics of sugar, gender, and religion in 1960s Cuba. 21 dec. 2013. Disponivel em <http://www1.udel.edu/LAS/Vol14-2Tahbaz.html>. Acesso em: 03 dec. 2019.
TARGINO, Maria das Graças. Blogs como instrumento de legitimação de lutas sociais em Cuba. Informação & Informação, Londrina, v. 18, n. 3, p. 199-221, set. 2013. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel//index.php/informacao/article/view/15134>. Acesso em: 05 dez. 2018.
UMAP CUBA 1965. El silencio que no entierra a las UMAP. Disponível em: <https://umapcuba1965.wordpress.com/2016/04/06/el-silencio-que-no-entierra-a-las-umap/>. Acesso em: 28 jan. 2020
UMAP CUBA 1965. Campos de Concentración. Disponível em: <https://umapcuba1965.wordpress.com/campos-de-concentracion/>. Acesso em: 28 jan. 2020
WIRTH, Isis. Alicia y las UMAP [31/03/2013]. Disponível em: <http://archivo.diariodecuba.com/cultura/1364763335_2560.html>. Acesso em: 14 out. 2019.
ZICMAN, Renée Barata. História através da imprensa: algumas considerações metodológicas. Projeto História. São Paulo, PUC-SP, n. 4, p. 89-102, jun. 1985.
ZAYAS, Manuel. Sin rostro ni obituario: los muertos de las UMAP [06/05/2013]. Disponível em: <http://archivo.diariodecuba.com/cuba/1367784014_3109.html>. Acesso em: 14 out. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Em Tempo de Histórias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).