Mão-de-obra indígena na Amazônia Colonial
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i06.20175Palavras-chave:
Mão-de-obra indígena. Leis e regimentos. Escravidão. Pombal. Missionários e mercenários.Resumo
Uma das características marcantes do processo de conquista português na Amazônia foi a utilização da mão-de-obra indígena. Colonos, missionários e a Coroa portuguesa envolveram-se em constantes embates e também em conivências que definiram tragicamente o destino dos índios. Diversas leis, regimentos e decretos foram criados pelo Estado português, ao longo do período colonial, que refletiram o poder político dos interessados na proteção ou manutenção da mão-de-obra indígena, tais determinações jurídicas quando favoreciam os índios eram logo derrubadas, não cumpridas ou criavam-se brechas para justificar o aprisionamento e escravidão dos mesmos. As diferentes posturas adotadas pelas ordens religiosas, responsáveis por exercerem o contato com os índios, foram constantes na polêmica que instaurou-se nos confins amazônicos.
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