“Discurso ou revólver”? “Tá na hora da revolução”? Diálogos anticoloniais e antirracistas entre o grupo de rap Facção Central, Achille Mbembe e Frantz Fanon
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i32.14706Palavras-chave:
Facção Central. Antirracismo. Anticolonialidade.Resumo
O objetivo deste artigo é analisar as representações contidas no álbum A marcha fúnebre prossegue, do grupo de rap paulista Facção Central em debate com pensadores anticoloniais e antirracistas, como Achille Mbembe e Frantz Fanon, bem como seus pensamentos sobre a colonialidade e uma forma de produzir uma revolução nas realidades que afligem a população negra e pobre. Busca-se, a partir deste diálogo, compreender o período pós-colonial brasileiro, focado nas continuidades que persistem, assim como nas violências e segregações de nossa sociedade, na qual a principal afetada pelas mortes é a juventude masculina, entre os 15 e 29 anos, predominantemente negra e moradora das periferias de São Paulo e pelo Brasil, de onde saíram os integrantes do grupo.
Palavras-chave: Facção Central; antirracismo; anticolonialidade.
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