Traduzir é resistir: Subversão e ateísmo como dispositivo de internacionalização da cultura brasileira
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n4.2021.34136Palabras clave:
Tradução e Resistência. Ateísmo. Internacionalização da literatura. Iracema. Macunaíma.Resumen
A resistência, a autonomia e a subversão da língua e da literatura no Brasil têm suas raízes no século XIX e se estendem no século XX, o que propiciou uma nacionalidade literária, uma independência cultural e literária, se demarcando da língua e literatura portuguesa da metrópole. Na primeira parte deste artigo, faço uma breve análise histórica da criação de uma língua (português do Brasil) dentro da língua (português da Metrópole) resistência às imposições literárias portuguesas a partir de dois exemplos de escritores brasileiros, José de Alencar e Mário de Andrade, e dos seus respectivos romances, Iracema e Macunaíma. E, na segunda parte, reflito sobre o lugar do Brasil literário no mapa mundial das literaturas a partir da teoria da multiplicação dos Mapas-Múndi de José Lambert e da teoria de Pascale Casanova sobre o parâmetro do Meridiano de Greenwich e das literaturas dominantes e dominadas assim como a questão do poder e da dominação das línguas-culturas. Toda argumentação se faz sob o prisma da tradução como meio de resistência ao poder hegemônico e como forma de ateísmo cultural.
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