O comportamento informacional do eleitor sob a perspectiva da democracia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v11.n3.2018.10437Palavras-chave:
Comportamento informacional., Democracia., Estudos de usuários., Informação Política.Resumo
Diante dos revezes ocorridos ao longo da história da democracia brasileira e da importância de se proporcionar o empoderamento da população, pode-se afirmar que o voto é um instrumento valioso para o cidadão operar mudanças diante de uma condição de fragilidade. Nessa perspectiva, parte-se das seguintes indagações: quais são as prioridades dos eleitores? Os eleitores estão bem informados em relação aos candidatos que pleiteiam os cargos políticos? Quais são as fontes de informação mais utilizadas para conhecerem os candidatos e as propostas? Objetiva-se analisar os padrões de comportamento informacional do eleitor, elucidando os modos como este se prepara para votar mediante a busca e o uso de informação. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de natureza quantitativa e exploratória com trezentos eleitores de todas as regiões brasileiras, por meio de questionários. Constatou-se que o comportamento informacional do eleitor é influenciado por distintos aspectos socioeconômicos. Constatou-se que, na classe social mais baixa, há uma premente necessidade de apropriação efetiva da informação para efetuar o voto consciente, enquanto que o extrato social mais alto necessita vencer o ceticismo quanto ao poder transformador do voto.
Downloads
Referências
BOURDIEU, P. Distinction: a social critique of the judgement of taste. Cambridge (MA): Harvard University Press, 1984.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial de Comunicação Social. Pesquisa brasileira de mídia 2016: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. Brasília: SECOM, 2016.
CANDIOTTO, C. Neoliberalismo e democracia. Princípios, Natal, v. 19, n. 32, p. 153-179, jul./dez. 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/7568/5631 Acesso em: 2 dez. 2017.
CAPURRO, R. Epistemología y ciencia de la información. Enl@ce, Maracaibo, v. 4, n. 1, p. 11-29, jan./abr. 2007. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=82340102 Acesso em: 29 jan. 2018.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
CESARIN, H. C. Competência informacional e midiática e a formação de professores de ensino fundamental: um relato de experiência. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 13, n. esp., jan./jul. 2017. Disponível em: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/649/578 Acesso em: 28 jan. 2018.
COSTA, R. A cultura digital. São Paulo: Publifolha, 2002.
DERVIN, B. Sense-making theory and practice: an overview of user interests in knowledge seeking and use. Journal of Knowledge Management, v. 2, n. 2, p. 36-46, Dec. 1998. Disponível em: http://www.emeraldinsight.com/doi/pdfplus/10.1108/13673279810249369 Acesso em: 18 jan. 2018.
ESLAMI, M. et al. I always assumed that I wasn't really that close to [her]: Reasoning about invisible algorithms in news feeds. In: ANNUAL ACM CONFERENCE ON HUMAN FACTORS IN COMPUTING SYSTEMS, 33. Proceedings… p. 153-162. Disponível em: http://www-personal.umich.edu/~csandvig/research/Eslami_Algorithms_CHI15.pdf Acesso em: 3 fev. 2018.
FERNANDES, N.; TANJI, T. O Brasil virou o país do fanatismo? Galileu, 6 maio 2015. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/o-brasil-virou-o-pais-do-fanatismo.html Acesso em: 4 fev. 2018.
GONZÁLEZ-TERUEL, A. Los estudios de necesidades y usos de la información: Fundamentos y perspectivas actuales. Gijón (Asturias): Trea, 2005.
GRAGNANI, J. Como identificar os diferentes tipos de fakes e robôs que atuam nas redes. BBC Brasil, 16 dez. 2017. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42172154 Acesso em: 28 fev. 2018.
HERN, A. How social media filter bubbles and algorithms influence the election. The Guardian, Londres, 22 maio 2017. News. Disponível em: https://www.theguardian.com/technology/2017/may/22/social-media-election-facebook-filter-bubbles Acesso em: 3 fev. 2018.
HJØRLAND, B. Epistemology and the socio-cognitive perspective in information science. Journal of The American Society for Information Science and Technology, v. 53, n. 4, p .257”“270, 2002. Disponível em: http://onlinelibrary-wiley.ez87.periodicos.capes.gov.br/doi/10.1002/asi.10042/epdf Acesso em: 25 jan. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÃSTICA. Sobre o Brasil: população, quantidade de homens e mulheres. Brasília (DF): 2015. Disponível em: https://teen.ibge.gov.br/sobre-o-brasil/populacoa/quantidade-de-homens-e-mulheres.html Acesso em: 19 abr. 2018.
INSTITUTO DATAFOLHA. Intenção de voto para presidente. 1998. Disponível em: http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/intvoto_pres_25091998.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2018.
INSTITUTO DATAFOLHA. Ciro, 20%, divide segundo lugar com Serra, 19%; Lula mantém liderança, com 37%, 2002. Disponível em: http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/intvoto_pres_30082002.pdf Acesso em: 8 fev. 2018.
INSTITUTO DATAFOLHA. Antes do debate, Lula tem 53% dos votos válidos. 2006. Disponível em: http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/intvoto_pres_27092006.pdf Acesso em: 8 fev. 2018.
INSTITUTO DATAFOLHA. Na véspera da eleição, Dilma tem 50% dos votos válidos. 2010. Diponível em: http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2013/05/02/intvoto_pres_02102010.pdf Acesso em: 8 fev. 2018.
INSTITUTO DATAFOLHA. Aécio está tecnicamente empatado com Marina; Dilma Rousseff lidera. 2014. Disponível em: http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2014/10/03/intencao_de_voto_presidente_2.pdf Acesso em: 8 fev. 2018.
MACHADO, A. J. P. A democracia representativa no Brasil: problemas e questionamentos. Estação científica, Amapá, v. 6, n. 1, jan./abr.2016. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/view/1935 Acesso em: 25 jan. 2018.
MAINWARING, S.; BRINKS, D.; PÉREZ-LIÑAN, A. Classificando Regimes Políticos na América Latina. Dados, v. 44, n. 4, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/dados/v44n4/a01v44n4.pdf Acesso em: 25 jan. 2017.
MURRAY, K. B. A test of services marketing theory: Consumer information acquisition activities. Journal of Marketing, v. 55, n. 1, p. 10-25, Jan. 1991. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/pdf/1252200.pdf Acesso em: 21 jan. 2018.
PEDRO, R. M. L. R. A inclusão do outro na sociedade digital: reflexões sobre inclusão e alteridade. In: González de Gómez, M. N.; Lima, C. R. M (Org.). Informação e democracia: a reflexão contemporânea da ética e da política. Brasília: IBICT, 2011.
PÓVOA, M. Anatomia da Internet: investigações estratégicas sobre o universo digital. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2000.
SAVOLAINEN, R. Everyday life information seeking: Approaching information seeking in the context of “way of life”. Library & Information Science Research, v. 17, n. 3, p. 259-294, 1995. Disponível em: https://doi.org/10.1016/0740-8188(95)90048-9 Acesso em: 8 fev. 2018.
SAVOLAINEN, R. Everyday life information seeking. In: FISHER, K. R.; ERDELEZ, S.; MCKECHINE, L. (Orgs.). Theories of information behavior. Medford (NJ): Information Today, 2005. p. 143-148.
SHALDERS, A. Direita ou esquerda? Análise de votações indica posição de partidos brasileiros no espectro ideológico. BBC Brasil, São Paulo, 11 set. 2017. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41058120 Acesso em: 04 fev. 2018.
SCHUMPETER, J.A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
SORJ, B. Brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade na Sociedade da Informação. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
SPINK, A.; CASE, D. O. Looking for information. 3. ed. Bingley: Emerald: 2012.
WILSON, T. D. Information behavior: An interdisciplinary perspective. Information Processing & Management, v. 33, n. 4, p. 551-572, 1997. Disponível em: https://ac.els-cdn.com.ez87.periodicos.capes.gov.br/S0306457397000289/1-s2.0-S0306457397000289-main.pdf?_tid=95a8e586-aaa8-11e7-b18b-00000aacb362&acdnat=1507302850_ebc01fb5a82326bb32becbeb51215c9b Acesso em: 1 out. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Notas de direitos autorais
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License 4.0, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: distribuir em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.