A gestão do discurso de ódio nas plataformas de redes sociais digitais: um comparativo entre Facebook, Twitter e Youtube
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v12.n2.2019.22025Palavras-chave:
discurso de ódio, Facebook, redes sociais, Twitter, YoutubeResumo
O impasse social sobre discurso de ódio e liberdade de expressão na Internet tem impulsionado os Sites de Redes Sociais (SRS) a intensificarem suas políticas de moderação de conteúdo. A gestão do conteúdo de ódio em plataformas como Facebook, Twitter e Youtube é tão complexa, haja vista seu caráter multifacetado e o grande número de interagentes, que executivos destas empresas assumem a ineficiência de seus recursos (humanos e tecnológicos) na tentativa de controlar o escalonamento, duração, difusão e circunspecção de crimes e discursos odientos. O problema tem despertado a atenção de governos e organizações civis, que por sua vez aumentam a pressão sobre as plataformas no intuito de melhorarem suas escolhas editoriais e sua logística de monitoramento e remoção deste tipo de interação. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo comparar as ações realizadas pelo Facebook, Twitter e Youtube no que tange a formulação e ampliação de políticas e decisões sobre conteúdo individual de ódio. Para isto, foi realizado uma análise histórica (2015-2018) de dados secundários das políticas e termos de comunidade específicos de cada SRS numa análise das tomadas de decisão com os cinco tópicos do termo de compromisso que as empresas assumiram com a ADL -Liga Anti-Difamação, em 2013, no combate ao discurso de ódio online. Os resultados apontam o Facebook como o SRS que mais investiu em estratégias de combate a intolerância e incivilidade online, apesar da empresa não deixar claro os métodos empregados para tal fim. De modo geral, todas as plataformas evoluíram na estrutura operacional de denúncia de conteúdo odiento, mas se mostraram ineficientes em moderação, remoção e contenção da propagação do cyberhate.
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