CONFIGURAÇÕES SIMBÓLICAS DA ANTROPOFAGIA

Autores/as

  • Aurora Cardoso de Quadros Universidade Estadual de Montes Claros

Palabras clave:

Antropofagia, Liberdade, Crenças indígenas.

Resumen

Este estudo consiste em um cotejamento entre duas configurações da antropofagia indígena. Por um lado, busca no poema “I-Juca-Pirama”de Gonçalves Dias, alguns aspectos culturais e simbólicos da construção literária do sacrifício antropófago durante o rito relatado.  Por outro, evoca como polêmica a assimilação “antropófaga”, no sentido usado por Oswald de Andrade no “Manifesto Antropófago”. O modernista arrebata a ideia da antropofagia como centro da sua utopia filosófica, construindo idealmente um modo oposicionista de ser no mundo. Na vertente modernista, reside o substrato de um posicionamento que se presume ativo, libertário e progressista diante dos fatos.  Em certos pontos, ela se opõe à antropofagia indígena; em outros, se aproxima daquela. O percurso do poema se faz em sintonia com o ritual indígena, representando poeticamente os valores, crenças e costumes do canibal. Diante dessas observações, constitui o objetivo da presente proposta discorrer sobre a antropofagia do poema e pontuar com algumas características do impulso na antropofagia modernista, revelando propriedades das duas vertentes. 

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Biografía del autor/a

Aurora Cardoso de Quadros, Universidade Estadual de Montes Claros

Professora do Departamento de Comunicação e Letras - Unimontes -  Área Literatura, Teoria Literária e Literatura Comparada.

Citas

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Publicado

2018-11-24

Cómo citar

QUADROS, Aurora Cardoso de. CONFIGURAÇÕES SIMBÓLICAS DA ANTROPOFAGIA. Revista Desempenho, [S. l.], v. 2, n. 29, 2018. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rd/article/view/17158. Acesso em: 1 ago. 2024.

Número

Sección

Artigo