Graduação tecnológica no Brasil: aproximações críticas preliminares

Autores

  • Deribaldo Santos Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Susana Jiménez Universidade Estadual do Ceará - UECE

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v15i28.3528

Palavras-chave:

Graduação tecnológica;, Dualismo educacional;, Crise estrutural do capital

Resumo

O artigo busca explorar a problemática da educação profissional de nível superior de curta duração, denominada, no Brasil, de graduação tecnológica. De caráter introdutório e necessariamente sintético, traça um panorama sobre as políticas públicas nacionais no campo educacional, especificamente aquelas mais imediatamente direcionadas para os filhos de trabalhadores que demandam formação superior. Nesse sentido, busca contextualizar historicamente o surgimento e a evolução da graduação tecnológica de nível superior no país, indagando a respeito das mediações fundamentais que articulam o estabelecimento de tal modalidade de ensino ao processo de reprodução do capital no quadro de sua crise estrutural (Mészáros), sob o pressuposto crítico de que esse tipo menor de ensino ilustraria com folga o caráter aligeirado e reducionista atribuído ao conhecimento em todas as esferas da formação do trabalhador, além do que reeditaria, no nível superior, o histórico dualismo que atravessa a educação sob o poder do capital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Deribaldo Santos, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Ceará (desde 2007). Mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela Universidade Estadual do Ceará (UECE, 2005). Professor Assistente V da UECE

Susana Jiménez, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Pós-Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1993). Doutora em Educação pela United States International University (1982). Professora da Universidade Estadual do Ceará. Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará

Referências

BRANDÃO, Marisa. Cursos superiores de tecnologia:democratização do acesso ao ensino superior?In: 29ª reunião anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped)Caxambu, MG: Anped, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares: nível tecnológico. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.unifenas.br/radiologia/resol_cne3.pdf>.Acesso em: 17/04/2008.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Políticas públicaspara a educação profissional e tecnológica. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.educacaoprofissional.sct.ce.gov.br/>. Acesso em: 17/04/2008.

FERNANDES, Florestan. Universidade brasileira:reforma ou revolução? São Paulo: Alfa Ômega,1975.

FOLADORI, Guillermo. O capitalismo e a crise ambiental. Raízes- Revista de Ciências Sociais eEconômicas. UFCG, Campina Grande, v. 18, n. 19, páginas, maio 1999.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos:o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia daLetras, 2001.

INSTITUTO CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO. Resumo. Fortaleza: Centec/CE, 2005.3p. mimeografado.

KATZ, Cláudio; BRAGA, Rui; COGGIOLA, Osvaldo. Novas tecnologias:crítica à reestruturaçãoprodutiva. São Paulo: Xamã, 1995.

LEHER, Roberto. Para fazer frente ao apartheid educacional imposto pelo Banco Mundial: notaspara uma leitura da temática trabalho-educação. In: Trabalho & Crítica”“ Anuário do GT Trabalhoe Educação ”“ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, nº 1. Rio deJaneiro: EduFF ”“ NETE ”“ NEDDATE, set. 1999.

MARX, Karl. O capital:crítica da economia política (livro primeiro, v. I). São Paulo: CivilizaçãoBrasileira, 2003.

MÉSZÁROS, István. O século XXI: Socialismo ou barbárie. São Paulo: Boitempo, 2003.

ROMANELLI, Otaiza de O. História da educação no Brasil (1930/1973).Petrópolis: RJ, Vozes,1984.

VARGAS, Milton (Org.). História da técnica e da tecnologia no Brasil. São Paulo: Edunesp/CEETEPS, 1994.

Downloads

Publicado

30.06.2009

Como Citar

Santos, D., & Jiménez, S. (2009). Graduação tecnológica no Brasil: aproximações críticas preliminares. Linhas Crí­ticas, 15(28), 171–186. https://doi.org/10.26512/lc.v15i28.3528

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)