Responsabilidade Histórica e Direitos Humanos
considerações ético-sociais sobre a profissão do historiador e o impacto da Declaração dos Direitos Humanos no Estudo da História
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i16.19911Palavras-chave:
Usos e maus usos da história. Código de ética. DUDH. Antoon De Baets.Resumo
As reflexões deste trabalho procuram compreender as discussões dos padrões ético-sociais do historiador enquanto profissional, bem como a relevância social e ”•restauradora”– que o estudo de temas historiográficos baseados em episódios traumáticos pode ter para os pesquisadores e para a(s) sociedade(s) atingida(s) pelos eventos estudados por estes. Além disso, intenta-se considerar quais as consequências teóricas e metodológicas que acarretam na conjunção da discussão dos padrões ético-sociais do historiador e na relevância social e ”•reparadora”– (função terapêutica) que pode ter o estudo de episódios negativos, traumáticos. Desta forma, dois elementos surgem: os usos (responsáveis) e maus usos (irresponsáveis) da história, e a ética dos historiadores. Equidistante a estas questões axiológicas, intenta-se debater o potencial impacto dos sistemas de valores da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) na adoção de um código de ética para os historiadores proposto por Antoon De Baets.
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