Em busca do maravilhoso americano
a rebelião nos escritos da Jornada de Omagua e Dorado
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i12.20059Palavras-chave:
Jornada de Omagua e Dorado. Rebelião. Lope de Aguirre.Resumo
A Jornada, que desceu o rio Amazonas em busca das riquezas e maravilhas do Reino de Omagua e do El Dorado entre 1560 e 1561, faz parte de uma série de viagens que, com o mesmo objetivo, exploraram o interior do Novo Mundo. No entanto, diferentemente das outras expedições de Conquista, esta teve sua finalidade transformada durante o seu percurso: os exploradores, depois de uma série de desavenças internas, declaram-se rebeldes à Coroa Espanhola e ao comando do grupo. Nomes como os de Lope de Aguirre, Pedro de Ursua e Fernando Guzmán compõem o quadro de personagens da expedição que se movimentam num ambiente de conflito, traições e assassinatos. Para melhor compreender os violentos desdobramentos da Jornada de Omagua e Dorado, este artigo intenta captura o universo cognitivo - as visões do “maravilhoso” (Giucci, 1992; Greenblatt, 1993) - dos conquistadores espanhóis e o contexto que envolve a organização da viagem (o vice-reinado Peruano e as guerras civis). Além disto, analisamos a documentação primária da Jornada - as Relaciones de Pedrarias de Almesto e de Francisco Vázquez, ambos participantes da viagem - , sob a perspectiva dos conceitos de “discursos da rebelião" (Pastor, 1988).
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