Los de Abajo. Mariano Azuela e o discurso histórico em torno à revolução mexicana (1910-1920)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i27.14783Palavras-chave:
revolução. camponês. estado-Nação.Resumo
O seguinte artigo faz uma análise do livro Los de Abajo, do escritor mexicano Mariano Azuela, a partir de uma perspectiva crítica ao sentido histórico que se funda com o Estado revolucionário no México em 1920. A obra gira em torno de dois personagens, Luis Cervantes e Demetrio Macias, que se unem na luta armada que se inicia com a revolução de 1910. Longe de estarem conectados homogeneamente à causa revolucionária, os dois personangens nos revelam um mundo fragmentado em interesses dissonantes e contraditórios que não se alinham em torno a um propósito comum. Pelo contrário, eles nos trazem à tona a tensão e a heterogeneidade que rondavam os próprios grupos que se reconheciam como revolucionários. Cervantes, membro das classes medias citadinas, representava o estilo de vida burguês, que se levantava contra a ditadura de Porfirio Díaz para instaurar uma nova ordem política no país. Já Macias, um pobre camponês interiorano, decide pegar em armas para se vingar das constantes humilhações que o cacique politico local, Don Mónico, impunha à sua família. No entanto, antes de ceder à realidade e encarar o abismo sociocultural que separava os dois protagonistas da obra, Cervantes preferia acreditar em um sonho mítico que cultivava em seu imaginário. Macias nada mais era do que a confirmação do ideal sublime revolucionário que Cervantes perseguia. Assim, ao ignorar as características concretas e peculiares que compunham o modo de vida camponês, Cervantes nada mais fazia do que reificar a desigualdade de poder que pairava entre eles.
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