“Vá bater naquele negro que eu garanto”
marcadores raciais na Bahia (1940 ”“ 1960)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i36.31745Palavras-chave:
Marcadores raciais. Racismo. Racialização.Resumo
Este artigo versa sobre a trajetória de populações negras na Bahia entre as décadas de 1940 e 1960, tomando como referência a região de Feira de Santana. Composto utilizando processos criminais, vai explorar os indicadores do uso e negação da cor preta como instrumento de criminalização ou aceitação dos sujeitos pesquisados. A caminhadura das gentes negras demonstrada é marcada pela degradação da condição do ser e a associação da negritude à s “coisas do não”. Com atenção para as mudanças espaciais e na caminhada da população negra, explorará os mecanismos de hierarquização racial, enfocando os jogos táticos que as gentes de cor desenvolveram para encaminhar o viver em um ambiente de modificações rápidas e opressão racial, questionando, principalmente, pelos marcadores raciais usados pela população preta para o enfrentamento com o racismo.
Downloads
Referências
ALVES, Fernando. Avenida sossego: Coluna disco voador. Folha do Norte. Feira de Santana, 23 de Junho de 1951, nº 2189. P. 1. MCS/CENEF.
AZEVEDO, Thales de. As elites de côr: Um estudo de ascensão social. São Paulo: Companhia da Editora Nacional, 1955.
BAHIA, Juarez. Setembro na Feira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
BARICKMAN, Bert J. "Passarão por mestiços": o bronzeamento nas praias cariocas, noções de cor e raça e ideologia racial, 1920-1950. Afro-Ásia, n. 40, p. 173-221, 2009.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
BOAVENTURA, Eurico. A paisagem urbana e o homem: memórias de Feira de Santana. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, 2006.
COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Tradução: Juliana de Castro Galvão. Revisão: Joaze Bernardino- Costa. Revista Sociedade e Estado ”“ Volume 31 Número 1, Pp 99 ”“ 127, Janeiro/Abril 2016.
DOMINGUES, Petrônio José. Negros de almas brancas? A ideologia do branqueamento no interior da comunidade negra em São Paulo, 1915-1930. Estudos afro-asiáticos, v. 24, n. 3, p. 563-599, 2002.
ENGEL, Magali. “Psiquiatria e feminilidade”. In.:História das Mulheres no Brasil. Org.: Mary Del Priore. São Paulo: Editora Contexto/Editora UNESP, 1997.
FANON, Franz. Peles negras, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
GINZBURG, Carlo, "O Inquisidor como Antropólogo" in América, Américas. Revista Brasileira de História, São Paulo. ANPUH/Marco Zero, n. 21 - setembro 90/ fevereiro91, pp, 9-20.
HALL, Stuart. “Que negro é esse da cultura negra?”. In: Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
MATTOS, Hebe Maria. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
MILES, Robert. Racism. Routledge, 2004.
SANCHES; Maria Aparecida Prazeres. As Razões do coração: namoro, escolhas conjugais, relações raciais e sexo-afetivas em Salvador, 1889/1950. Tese de Doutorado. Universidade Federal Fluminense (UFF). Niterói, 2010.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SODRÉ, Muniz. O bicho que chegou a Feira. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1991.
XAVIER, Giovana. Brancas de almas negras? Beleza, racialização e cosmética na imprensa negra pós-emancipação (EUA, 1890 ”“ 1930). Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Em Tempo de Histórias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).