As ideias se esvoaçavam em meio à sua marcha: o Brasil submetido à “intuição crítica moderna” de Sílvio Romero (1865-1885)
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i32.14705Palavras-chave:
Silvio Romero. Raça. Progresso. Cultura. Ciência.Resumo
No ocaso do Império, um jovem intelectual, Sílvio Romero, pretendia interpretar o país ”“ e sua formação ”“ a partir das novas vogas filosóficas vindas da Europa (positivismo, evolucionismo, etc.), a que ele identificava de “intuição crítica moderna”. Entusiasmado com a Segunda Revolução Industrial e com as ideologias do progresso que vinham de fora, Romero advogava a inexistência de universais. Toda época tinha sua verdade relativa, e ela iria se sucedendo evolutivamente em direção ao progresso. Ele interpretava a formação do país a partir de um tripé: a raça miscigenada, o meio e a cultura. O elemento modificador que poderia “consertar” os outros dois seria a cultura. Por isto, o pensamento brasileiro e a sua elite letrada deveriam ser orientados de acordo com a “intuição crítica moderna”, colocando o país no rumo do progresso. Neste período, entre 1865 e 1885, a sua obra sedimentou os seus alicerces, destacando-se em sua passagem no Recife pela proximidade com Tobias Barreto e pela luta contra o romantismo e a metafísica na busca pelo entendimento científico dos estudos sociais.
Palavras-chave: Sílvio Romero; Modernidade; Progresso; Raça; Cultura; Ciência.
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