A estética dissonante de Augusto dos Anjos

Autores

  • Francisco José Gomes Correia Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Melancolia e literatura; Dissonância literária; Pré-modernismo brasileiro

Resumo

O traço mais saliente da poesia de Augusto dos Anjos é a dissonância fonossemântica, que se traduz, entre outros recursos, pela segmentação do estrato fônico, pelo uso de um léxico anticonvencional, “apoético”, e por uma imagística orquestrada no sentido de surpreender o leitor. Estas características são o reflexo de um conflito sobretudo moral, determinado pela melancolia conseqüente ao sentimento de culpa. O poema “Apóstrofe à carne” é um dos que melhor revelam o drama do eu lírico angelino, que vê na morte, ao mesmo tempo, o efeito da incriminação que atinge a espécie humana e a esperança de que, depurada a nossa culpa original, venha a surgir um homem novo.

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Como Citar

Correia, F. J. G. (2015). A estética dissonante de Augusto dos Anjos. Revista Cerrados, 8(9), 59–66. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/990

Edição

Seção

Artigos