“A palavra que movimenta a existência”:

ancestralidade, memória e resistência em “Ayoluwa, a alegria de nosso povo”, de Conceição Evaristo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.53629

Palavras-chave:

ancestralidade,, escrevivência, literatura-negra.

Resumo

Este estudo objetiva analisar o conto “Ayoluwa, a alegria de nosso povo”, que integra a coletânea Olhos d’água (2014), da escritora Conceição Evaristo. Utilizando a ancestralidade e a escrevivência – conceito de Conceição Evaristo – como principais bases da análise, veremos, no conto, como as mulheres irão fundar uma nova cosmogonia, restaurando seus vínculos com a ancestralidade africana e dando um sentido decolonial e revolucionário para o surgimento de outra realidade para os povos negros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Nunes do Amaral, Universidade Federal de Goiás

Amanda Nunes do Amaral é Doutora em Letras e Linguística, pela Universidade Federal de Goiás (2023); Especialista em Estudos Literários e Ensino de Literatura, pela Universidade Federal de Goiás (2020) e Graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, pela Universidade Federal de Goiás (2018). Possui Licenciatura em Letras (2024). Suas pesquisas têm como objetos de interesse a Literatura Contemporânea Brasileira e os Estudos Culturais, com enfoque na Literatura Negro Brasileira, nos estudos de gênero, raça, sexualidade, femininismos e, sobretudo, nos estudos de interseccionalidade.

Flávio Pereira Camargo , Universidade Federal de Goiás

Flávio Pereira Camargo é Professor Associado de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Goiás, com atuação na Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística. Suas pesquisas se concentram em estudos sobre a narrativa brasileira contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura e estudos de gênero (gender), literatura e homoerotismo, literatura e estudos culturais, representação e autorrepresentação de grupos marginalizados na literatura. Organizou vários livros sobre literatura brasileira contemporânea e sobre literatura e homoerotismo, além de ter inúmeros artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais. É líder do Grupo de Pesquisa "Estudos sobre a narrativa brasileira contemporânea" (CNPq/UFG) e membro do GT "Homocultura e Linguagens", vinculado à ANPOLL. 

Referências

ALKMIN, Tânia. Os escravos e a língua: em busca de bases históricas para uma reflexão. In: RAMOS, J.M.; ALKMIN, M.A. (Org.). Para a história do Português Brasileiro. Volume V: estudos sobre mudança lingüística e história social. Belo Horizonte: EDUFMG, 2007. p. 465-483.

ALVES-BRITO, Alan. Oríkìòrìsà: canção e poesia oral iorubana no Brasil. Organon, Porto Alegre, v. 38, n. 75, jan/julho. 2023.

DUARTE, Eduardo de Assis. Por um conceito de literatura afro-brasileira. Terceira Margem. Rio de Janeiro, v.14, n. 23, p. 113-138, jul.–dez. 2010.

EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016.

JAGUN, Marcio. Ori: a cabeça como divindade. Rio de Janeiro: Litteris, 2015.

KILOMBA, Grada. Memórias de Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano. 1. ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LUGONES, Maria. Colonialidade e gênero. Tabula Rasa, Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca, Bogotá, n. 9, p. 73-102, jul.-dez. 2008.

LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo decolonial. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis-SC, v. 22, n. 3, p. 935- 952, 2014.

ODUYOYE, Modupe. Yoruba Names: Their Structure and Meaning. Londres: Karnak House, 1987.

RUBIM, Altaci. ‘As línguas indígenas estão adormecidas, não foram extintas’, diz linguista Kokama. [Entrevista concedida a] Amazônia Real. São Paulo, 19 abr. 2023. Disponível em:< https://shre.ink/8Ol1>. Acesso em: 21 mar. 2024.

WERNECK, Jurema. Introdução. In: EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016.

Downloads

Publicado

31-08-2024

Como Citar

Nunes do Amaral, A., & Pereira Camargo , F. (2024). “A palavra que movimenta a existência”: : ancestralidade, memória e resistência em “Ayoluwa, a alegria de nosso povo”, de Conceição Evaristo. Revista Cerrados, 33(65), 9–15. https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.53629

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.