O universal e o exótico na recepção de reescritas e traduções de Grande Sertão: Veredas na Alemanha
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v13.n1.2024.51045Palabras clave:
Estudos da Tradução. Tradução literária. Retradução. Reescrita. Guimarães Rosa.Resumen
O presente artigo pretende investigar alguns dos processos de reescrita e retradução pelos quais o romance de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas (1956), passou e passa, com foco na recepção das traduções do livro para a língua alemã e em declarações de atores envolvidos nos diferentes processos de reescrita analisados. A análise será feita apoiando-se nas elaborações sobre reescrita de André Lefevere (1992) e de retradução de Álvaro Faleiros e Thiago Mattos (2017). O estudo parte da tese de Grande Sertão: Veredas (1956) como reescrita crítica de Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha, pela primeira tradução para o alemão, Grande Sertão: Roman (1964), feita por Curt Meyer-Clason, e pelo projeto de retradução — ainda não finalizado — de Berthold Zilly. Durante esse percurso, propõe-se uma análise das reescritas de Grande Sertão: Veredas como manipulações que podem motivar leituras da obra a partir de um ponto de vista mais exótico ou universal. O estudo se inicia no olhar mais exotizante do sertão e de seu povo, presente em Os Sertões; parte para a dimensão mais universal conferida ao sertão em Grande Sertão: Veredas; até a primeira tradução de Meyer-Clason, vista novamente pendendo ao exotismo; e conclui na retradução de Zilly, que já se desenha, mesmo antes de sua publicação, como uma reescrita que se propõe mais universal.
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