A tradução e a interpretação para Libras em tempos de pandemia: políticas linguísticas e políticas de tradução
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n1.2021.33839Palavras-chave:
Tradução e interpretação. Libras. Bakhtin. Discurso. Política linguística.Resumo
Neste estudo, propõe-se uma análise do contexto de política linguística para surdos e o lugar do tradutor intérprete Libras-Português, refletindo sobre as ações linguísticas institucionais e as práticas cotidianas de tradução e interpretação para a Libras no Brasil. Pautadas na análise dialógica do discurso de Bakhtin e do círculo (2010, 2016), utilizamos a pesquisa bibliográfica exploratória e análise qualitativa. Para tanto, selecionamos documentos textuais e visuais no intuito de descrevê-los, analisá-los e compará-los. Constatamos que, apesar da política no Brasil garantir o acesso à s informações em Libras, isso ocorre de fato pela via da tradução proveniente das comunidades de surdos e de intérpretes. Esse fato escancara as desigualdades sociais, principalmente a linguística, considerando que a prevenção ao Covid-19 é a única saída no momento e a informação técnica de higienização e isolamento ou distanciamento social como também de recursos provindos do governo para a subsistência são veiculados majoritariamente pela língua portuguesa oral. As desigualdades são minimizadas pela ação de tradutores e intérpretes de libras-português ouvintes e surdos que unidos desenvolvem uma política linguística de baixo para cima essencialmente pela tradução e pela interpretação.
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