ENTRE O NACIONAL E O ESTRANGEIRO:
DIÁLOGOS DE FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v4.n2.2015.11335Palavras-chave:
Romantismo, Modernidade, Nacional, Estrangeiro, TraduçãoResumo
Este artigo tem como objetivo examinar a relação entre o nacional e o estrangeiro em dois períodos determinantes na formação da identidade brasileira, o romantismo e a modernidade, compreendendo-se aqui por tal o período entre a Semana de 22 e o movimento concretista. Ao lado disso, analisa-se como durante a modernidade a tradução é tomada como forma privilegiada de estabelecer contato com o estrangeiro, por meio da atividade do tradutor/devorador, capaz de realizar um diálogo que foge à s convenções impostas de fora. Para isso, analisam-se os textos “Bosquejo da poesia brasileira” (1841) e “Introdução sobre a literatura nacional” (1844), de Joaquim Norberto de Sousa e Silva, e os ensaios “Poesia e modernidade” (1984) e “Da razão antropofágica” (1980), de Haroldo de Campos, em que ambos, à sua maneira, buscam elaborar uma tradição própria, ao mesmo tempo em que dialogam com o estrangeiro. Constata-se que ambos almejam uma tradição que responda pelo nacional e que possa mediar a relação com o outro.
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