Escola centrada n’A criança: ainda é possível aos alunos identificar-se com professores?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc28202242949

Palavras-chave:

Psicanálise e Educação, Sujeito do inconsciente, Transferência, Transmissão simbólica, Identificação

Resumo

O artigo problematiza a emancipação política das crianças. Tendo esta sido concebida sob a inspiração essencialista da psicologia, ela centrou a escola em A criança. O artigo se inscreve no campo Psicanálise e Educação e tem, como conceitos centrais, sujeito do inconsciente; transferência; (des)identificação; e trabalho via di porre. Sustenta-se que a emancipação dos alunos não ocorre sem que, transferencialmente, eles se identifiquem aos professores, posicionando-os no lugar de Ideal-do-eu. Conclui-se que, graças à identificação, os alunos adquirem traços simbólicos que enriquecem seu Ideal-do-eu, assim como, graças à desidentificação ao mestre, os alunos subjetivam os conhecimentos escolares.

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Biografia do Autor

Douglas Emiliano Batista, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP) (2013). Professor doutor da USP. Membro do Grupo de Pesquisas do Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a Infância da (LEPSI). E-mail: douglasemiliano@usp.br

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Publicado

20.07.2022

Como Citar

Batista, D. E. (2022). Escola centrada n’A criança: ainda é possível aos alunos identificar-se com professores?. Linhas Crí­ticas, 28, e42949. https://doi.org/10.26512/lc28202242949