Coletivos juvenis nas periferias
trabalho e engajamento em tempos de crise
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.36720Palavras-chave:
Coletivos juvenis, Participação política, Trabalho, Pandemia, São PauloResumo
No contexto de intensa crise no Brasil e no mundo, se aprofunda a deterioração dos mercados de trabalho, atingindo gravemente os jovens moradores de periferias urbanas. Parte deles busca construir alternativas de geração de trabalho e renda a partir de seus coletivos de pertencimento. O artigo apresenta os resultados iniciais de pesquisa qualitativa realizada junto a jovens desses coletivos, evidenciando seus desafios, bem como mudanças de percepção em relação ao próprio trabalho e às possibilidades de outros modos de engajamento na demanda por esse direito.
Downloads
Referências
Abílio, L. C. (2020). Uberização e Juventude Periférica: Desigualdades, autogerenciamento e novas formas de controle do trabalho. Novos estudos CEBRAP, 39(3), 579-597. https://doi.org/10.25091/s01013300202000030008
Aderaldo, G. (2017). Linguagem audiovisual e insurgências populares: Reconstituindo uma experiência associativa entre jovens vídeo-ativistas nas “periferias” paulistanas. Iluminuras, 18(44), 74-101. https://doi.org/10.22456/1984-1191.75734
Almeida, E. D. (2009). Os estudos sobre grupos juvenis: presenças e ausências. Em M. P. Sposito. O Estado da arte sobre juventude na pós-graduação brasileira: educação, ciências sociais e serviço social (1999-2006) (pp.121-174). Argvmentvm.
Atkinson, R., & Flint, J. (2001). Accessing hidden and hard-to-reach populations: Snowball research strategies. Social research update, 33(1), 1-4. https://sru.soc.surrey.ac.uk/SRU33.PDF
Brasil. (2013). Lei 12.852 de 5 agosto de 2013 (Estatuto da Juventude). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12852.htm
Brenner, A. K. (2018). Do potencial à ação: o engajamento de jovens em partidos políticos. Pro-Posições, 29(1), 239–266. https://doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0120
Bridi, M. P. (2020). A pandemia Covid-19: crise e deterioração do mercado de trabalho no Brasil. Estudos Avançados, 34(100), 141-165. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.34100.010
Bringel, B. (2017). Crisis política y polarización en Brasil: De las protestas de 2013 al golpe de 2016. Em B. Bringel, & G. Pleyers. Protesta e indignación global. Los movimientos sociales en el nuevo orden mundial (pp.141-155). Clacso. http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20171204044413/Protesta_e_indignacion_global.pdf
Bringel, B., & Pleyers, G. (2020). Alerta Global. Políticas, movimientos sociales y futuros en disputa en tiempos de pandemia. Clacso. https://www.clacso.org/wp-content/uploads/2020/08/Alerta-global.pdf
Bringel, B., & Sposito, M. P. (2020). Apresentação do Dossiê. Educação & Sociedade, 41 (e238520), 1-9. https://doi.org/10.1590/es.238520
Carvalho, S. S. D., & Nogueira, M. O. (2020). O Trabalho precário e a pandemia: os grupos de risco na economia do trabalho. Boletim Mercado de Trabalho, 26(70), 50-68. http://doi.org/10.38116/bmt70/nta2
Corrochano, M. C. & Freitas, M. V. (2016). Trabalho e condição juvenil: permanências, mudanças, desafios. Em R. Novaes, G. Venturi, E. Ribeiro, & D. Pinheiro (Orgs). Agenda Juventude Brasil: leituras sobre uma década de mudanças (pp. 155-175). Unirio.
Corrochano, M. C. (2012). O trabalho e a sua ausência: narrativas juvenis na metrópole. Annablume; Fapesp.
Corrochano, M. C., Abramo, H., & Souza, R. (2019). Jovens ativistas das periferias: experiências e aspirações sobre o mundo do trabalho.Trabalho Necessário, 17 (33),162-186. https://doi.org/10.22409/tn.17i33.p29373
Corseuil, C. H. L., & Franca, M. (2020). Inserção dos jovens no mercado de trabalho em tempos de crise. Boletim Mercado de Trabalho, 26(70), 93-104. http://doi.org/10.38116/bmt70/dossiea1
D’Andrea, T. (2020). Contribuições para a Definição dos Conceitos Periferia e Sujeitas e Sujeitos Periféricos. Novos estudos CEBRAP, 39(1), 19-36. http://doi.org/10.25091/s01013300202000010005
Dardot, P., & Laval, C. (2012). A nova razão do mundo. Boitempo editorial.
Facchini, R., Carmo, Í. N., & Lima, S. P. (2020). Movimentos Feminista, Negro e LGBTI no Brasil: sujeitos, teias e enquadramentos. Educação & Sociedade, 41(e230408), 1-23. https://doi.org/10.1590/es.230408
Feltran, G. (2010). Periferias, direito e diferença: notas de uma etnografia urbana. Revista de antropologia, 53(2), 1-46. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2010.37711
Ferreira, V. S. (2017). Ser DJ não é só Soltar o Play: a pedagogização de uma nova profissão de sonho. Educação & Realidade, 42(2), 473-494. https://doi.org/10.1590/2175-623664318
Ferreira, V., Lobo, M. C., Rowland, J., & Sanches, E. (2017). Geração milénio? Um retrato social e político. Instituto de Ciências Sociais.
Fischer, M. C. B., Pereira, A., & Tiriba, L. (2013). Juventude, associativismo e economia solidária: “não é por centavos, é por direitos”. Boletim Mercado de trabalho, 1(55), 69-76. http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3831
Gohn, M. da G. (2013). Os jovens e as praças dos indignados: territórios de cidadania. Revista Brasileira de Sociologia, 1(2), 205-222. http://doi.org/10.20336/rbs.48
Groppo, L. A. (2018). O novo ciclo de ações coletivas juvenis no Brasil. Em A. A. F. Costa, & L. A. Groppo (Orgs). O movimento de ocupações estudantis no Brasil (pp. 85-119). Pedro e João editores.
Guimarães, N. A. (2005). Trabalho: uma categoria-chave no imaginário juvenil. Em H. W. Abramo, & P. P. M. Branco. Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional (pp. 149-174). Instituto Cidadania/Fundação Perseu Abramo.
Guimarães, N. A., Brito, M. M., & Comin, A. A. (2020). Trajetórias e transições entre jovens brasileiros: pode a expansão eludir as desigualdades? Novos estudos CEBRAP, 39(3), 475-498. https://doi.org/10.25091/s01013300202000030002
Guimarães, N. A., Hirata, H., Sugita, K., & Saito, C. (2009). Trabalho flexível, empregos precários? Reflexões à guisa de introdução. Trabalho flexível, empregos precários? Uma comparação Brasil, França, Japão (pp. 9-24). Edusp.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2020). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?edicaco=2758&t=sobre
International Labour Organization (ILO). (2020). Youth and COVID-19: impacts on jobs, education, rights and mental well-being: survey report 2020. https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_emp/documents/publication/wcms_753026.pdf
Ion, J. (2012). S´engajer dans une societé d´individus. Armand Collins.
Kauffman, J. C. (1996). L’entretien compréhensif. Nathan.
Maia, H. M. (2014). Grupos, redes e manifestações: a emergência dos agrupamentos juvenis nas periferias de São Paulo. [Dissertação de mestrado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. Repositório Institucional da PUC-SP. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3579
Maricato, E. (2013). É a questão urbana, estúpido. Em E. Maricato. Cidades Rebeldes. (pp. 19-27). Boitempo.
Martuccelli, D. (2015). La participazione com riserva: al di qua del tema dela critica. Quaderni di Teoria Sociale. 1(1), 11-34. https://www.morlacchilibri.com/universitypress/allegati/QTS_1_2015.pdf#page=11
Melucci, A. (2001). A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Vozes.
Nascimento, É. P. D. (2011). É tudo nosso! Produção cultural na periferia paulistana [Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo]. Repositório Digital da USP. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-12112012-092647/publico/2011_EricaPecanhaDoNascimento_VCorr.pdf
Novaes, R. (2006). Os jovens de hoje: contextos, diferenças e trajetórias. Em M. I. M. Almeida. Culturas jovens: novos mapas do afeto (pp. 105-120). Jorge Zahar.
Peregrino, M., Pinheiro, D., & Souza, L. C. (2018). Engajamento, educação e trabalho: demandas da juventude no Brasil. Revista de Ciencias Sociales, 31(42), 127-150. https://doi.org/10.26489/rvs.v31i42.6
Philliber, S. (1999). In search of peer power: A review of research on peer-based interventions for teens. Em P. Bearman, H. Bruckner, B. B. Brown, W. Theobard, & S. Philliber. Peer potential: Making the most of how teens influence each other (pp. 81-111). The National Campaing to prevent teen pregnancy.
Raimundo, S. L. (2017). Salve quebradas! Defendendo o óbvio: a lei de fomento à cultura das periferias. Anais do XV SIMPURB - Simpósio de Geografia Urbana. Salvador. https://simpurb2017.ufba.br/anais-do-xv-simpurb
São Paulo. (2020). Decreto n. 64.881, de 22 de março de 2020. https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2020/decreto-64881-22.03.2020.html.
Silva, F. A. (2018). Coletivos juvenis e transição para vida adulta: desafios vividos por jovens da cidade de São Paulo. [Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo]. Repositório Digital da USP. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14122018-101805/publico/FERNANDA_ARANTES_E_SILVA_rev.pdf
Silva, S. P., Morais, L. P., & Santos, D. S. (2020). Repertório programático e resiliência das políticas subnacionais de economia solidária no Brasil: síntese de experiências estaduais e municipais. Boletim Mercado de Trabalho. 26(70), 214-228. http://doi.org/10.38116/bmt70/economiasolidaria6
Souto, A. L. S. (2016). Juventude e participação. Em D. Pinheiro, E. Ribeiro, G. Venturi, & R. Novaes. Agenda Juventude Brasil: leituras sobre uma década de mudanças (pp. 265-286). Unirio.
Sposito, M. P. (2005). Algumas reflexões e muitas indagações sobre as relações entre juventude e escola no Brasil. Em H. W. Abramo, & P. P. M. Branco. Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional (pp. 87-127). Instituto Cidadania/Fundação Perseu Abramo.
Sposito, M. P., Almeida, E., & Corrochano, M. C. (2020). Jovens em movimento: mapas plurais, conexões e tendências na configuração das práticas (2020). Educação & Sociedade, Campinas, 41(e228732). https://doi.org/10.1590/ES.228732
Sposito, M. P., Souza, R., & Silva, F. A. (2018). A pesquisa sobre jovens no Brasil: traçando novos desafios a partir de dados quantitativos. Educação e Pesquisa, 44(e170308). https://doi.org/10.1590/s1678-4634201712170308
Tomizaki, K, & Daniliauskas, M. (2018). A pesquisa sobre educação, juventude e política: reflexões e perspectivas. Pro-Posições, 29(1), 214-238. https://doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0126
Tommasi, L. (2016). Jovens produtores culturais de favela. Linhas Críticas, 22(47),41-62. https://doi.org/10.26512/lc.v22i47.4766
Tommasi, L. (2018). Empreendedorismo e ativismo cultural nas periferias brasileiras. Entrepreneurship and cultural activism in brazilian peripheries. H-ermes. Journal of Communication, 1(13), 167-196. http://siba-ese.unisalento.it/index.php/h-ermes/article/view/19925
Tommasi, L., & Corrochano, M. C. (2020). Do qualificar ao empreender: políticas de trabalho para jovens no Brasil (2020). Estudos Avançados, 34(99), 353-371. http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3499.021
Venturi, G., & Bokany, V. (2005). Maiorias adaptadas, minorias progressistas. Em H. W. Abramo, & P. P. M. Branco. Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional (pp. 351-368). Instituto Cidadania/Fundação Perseu Abramo.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Maria Carla Corrochano, Patricia Laczynski

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.