Práticas Curriculares na formação profissional
Uma compreensão singular para as narrativas como forma de transgressão
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v23i52.19421Palavras-chave:
Práticas curriculares, Narrativa, TransgressãoResumo
O presente artigo apresenta uma abordagem teórico metodológica apoiada nas narrativas como método. São focalizadas práticas curriculares compreendidas como forma de transgressão, à medida que retratam experiências daqueles que nas brechas de suas memórias ressignificam imagens de diferentes tempos e lugares. A narrativa encontra-se intimamente relacionada ao ato de rememorar, a possibilidade de ressignificação da própria experiência através das memórias cheias de significados, sentimentos e sonhos. O narrador benjaminiano traz consigo a característica do saber aconselhar, o que torna a experiência vivida significativa, sendo este aconselhamento entendido menos como uma forma de saber responder perguntas, mas em dar sugestões. As mônadas, noção derivada da obra de Benjamin, são fragmentos de histórias que juntas narram a conjuntura de tempos e lugares. São ouvido/as professore/as no sentido de adensar suas experiências na produção de currículos em espaços escolares. Como conclusão, o artigo apresenta a possibilidade de se compreender as narrativas como expressão de práticas curriculares transgressoras que reinventam o cotidiano escolar.
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