A RIVALIDADE ENTRE BRASIL E ARGENTINA NO FUTEBOL E O RACISMO CIENTÍFICO NOS NACIONALISMOS LATINO AMERICANOS.
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v23i43.52737Palavras-chave:
Identidade, Rivalidade, RacismoResumo
Muito além de uma prática esportiva, o futebol se transformou em um universo de construções de significados em uma esfera cultural. Nesta lógica, identidades são formadas, e os indivíduos são alcançados por formações de quem são. A rivalidade é um elemento fundamental nesta lógica, e revela questões muito mais profundas do que a simples estrutura do jogo, como percebemos através da rivalidade entre Brasil e Argentina, ultrapassando os limites das seleções nacionais, e alcançando os clubes de cada país. Neste artigo, me propus a refletir sobre o fenômeno da rivalidade entre esses dois países, e como isso se relaciona com suas formações identitárias, e o racismo científico presente no discurso de formação do século XIX.
Downloads
Referências
ALTHUSSER, Louis. Lenin and Philosophy, and other Essays. Londres: Left Books, 1971.
ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas: Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Tradução: Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. ISBN 978-85-359-1188-6.
BACKES, Beatriz; MAZZA, Malu; TOMAZ, Kleber. Dois dos três torcedores argentinos detidos por injúria racial e racismo durante jogo do Corinthians em SP são soltos após pagar fiança. G1. São Paulo, 29 jun 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/06/29/dois-dos-tres-torcedores-argentinos-detidos-porinjuria-racial-e-racismo-durante-jogo-do-corinthians-em-sp-sao-soltos-apos-pagarfianca.ghtml. Acesso em: 06 fev 2024.
BUENO, Felipe. Futebol e racismo andam lado a lado na América do Sul. Jornal da USP. São Paulo, 06 dez. 2023. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/futebol-e-racismo-andam-lado-a-lado-na-america-do-sul/ Acesso em: 06 fev. 2024.
CÁ, Glória Augusto. Teorias de embranquecimento no Brasil: últimas décadas de século XIX e Início do século XX (1870-1930). 2018. Monografia (Bacharelado em Humanidades) - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira, São Francisco do Conde, 2018.
CARVALHO, Beatriz Thomaz. Tudo nos une, nada nos separa, exceto o futebol: um olhar sobre as relações exteriores entre Brasil e Argentina (1978-2002). Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
CASTELLS, Manuel. O Poder da Identidade. Tradução de: Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1999.
CASTRO, Elton de. Argentinos lideram casos de racismo, no futebol, contra brasileiros no continente; São Paulo é estado com mais episódios. Globo Esporte. Recife, 16 set. 2019. Disponível em: https://ge.globo.com/pe/futebol/noticia/argentinoslideram-casos-de-racismo-contra-brasileiros-no-continente-sao-paulo-e-estado-commais-episodios.ghtml. Acesso em: 06 fev 2024.
FERREIRA, Elizângela Fernandes; KOWALSKI, Marizabel. Brasil e Argentina: rivalidade ou identidade? Envolvimentos e distanciamentos dos vizinhos distantes no campo de futebol. Civilização e Contemporaneidade. XII Simpósio Internacional Processo Civilizador, 10, 11, 12 e 13 de novembro de 2009.
FERRET, Rafael Leporace; PINTO, Simone Rodrigues. América Latina: da construção do nome à consolidação da ideia. Topoi, v. 12, n. 23, jul.-dez. 2011, p. 30-42.
GUEDES, Simoni Lahud. De criollos e capoeiras: notas sobre futebol e identidade nacional na Argentina e no Brasil. XXVI Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu, 22 a 26 de outubro de 2002.
HALE, Charles A. Ideas políticas y sociales en América Latina, 1870-1930. In: BETHELL, Leslie. Historia de América Latina, v. 8. Barcelona: Editorial Crítica, 1991.
HALL, Stuart. Quem precisa da identidade?. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 15. ed. - Petrópolis, Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2014.
HASHIGUTTI, Simone. Futebol no Brasil: sentidos e formas de torcer. RUA [online]. 2008, no. 14. Volume 1 - ISSN 1413-2109/e-ISSN 2179-991.
HELAL, Ronaldo; LOVISOLO, Hugo. Pelé y Maradona. Periodismo y contradicciones entre los heroes y las sociedades. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Anais- Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, 2009.
ITATLATA. Torcidas de Fluminense e Santos sofrem racismo de argentinos com poucas horas de diferença. CNN. 07 jun. 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/torcidas-de-fluminense-e-santos-sofrem-racismo-de-argentinos-compoucas-horas-de-diferenca-veja/. Acesso em: 06 fev. 2024.
KRAUSE, Guilherme Kurtz. O futebol como um meio construtor de identidades. 2010. 48 p. Trabalho de Conclusão de Graduação (Licenciatura em Educação Física) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: https://
www.lume.ufrgs.br/handle/10183/27741.
MACHADO, Igor José de Renó. Futebol, clãs e nação. Dados. Rio de Janeiro (online). v. 43, n. 1. ago., 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52582000000100006 . Acesso em: 4 mar. 2022.
Racismo argentino: O jornal de Buenos Aires que chamou jogadores brasileiros de macacos. O GLOBO. Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2022, Disponível em: <https://oglobo.globo.com/blogs/blog-do-acervo/post/2022/04/racismo-argentino-o-jornal-debuenos-aires-que-chamou-jogadores-brasileiros-de-macacos.ghtml> Acesso em: 06 fev. 2024.
OLIVEIRA, Luccas. Brasil x Argentina: termo racista entra nos “trending topics” argentinos após briga. CNN. 21 nov. 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/brasil-x-argentina-termo-racista-entra-nos-trending-topics-argentinosapos-briga/. Acesso em: 06 fev. 2024
PAULA, Luisa Almeida de. A construção da mineiridade pelo clube atlético mineiro: como o clube expressa uma dada identidade mineira em seus torcedores. 2021. 75 p. Trabalho de Conclusão de Graduação (Licenciatura em História) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2021.
PELEJA. É exatamente por isso que o Brasil e a Argentina se odeiam no futebol. Youtube, 24 de Dezembro de 2020, 7m23s. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=E6CL71UoC3A>. Acesso em: 23 de nov. 2023.
RIBEIRO, Gustavo Lins. Tropicalismo e europeísmo: modos de representar o brasil e a argentina. Série Antropologia. Brasília, 2001.
SAID, Edward. From Orientalism. In: WILLIAMS, Patrick; CHRISMAN, Laura (Orgs.). Colonial Discourse and Post-Colonial Theory. Nova Iorque: Columbia University Press, 1994, p. 132-149.
SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 15. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 15. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Em Tempo de Histórias
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).