Espaços de memória
uma luta por memória, verdade e justiça no Brasil e na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i20.19857Palavras-chave:
Burocracia. Insulamento. Ditadura.Resumo
Este trabalho visa contribuir para a reflexão histórica sobre os processos de reparação do legado de violações de direitos humanos cometidos durante a última ditadura militar no Brasil e na Argentina. Face aos deveres do Estado ”“ estabelecidos dentro do conceito de justiça de transição ”“ e à elaboração de políticas de memória, destacamos a iniciativa da memorialização como instrumento destas políticas reparatórias que tem se consolidado em ambos países diante das necessidades de implementação de mecanismos que garantam a efetividade do direito à memória, à verdade e à justiça. Em diálogo com este contexto, apresentamos a idealização de dois espaços de memória ”“ o Memorial da Resistência de São Paulo e a Escuela de Mecánica de la Armada em Buenos Aires ”“ como espaços públicos cujo propósito social é estabelecer um vínculo entre as experiências do passado e da vida cotidiana atual, facilitando o conhecimento do que se sucedeu através da documentação histórica levantada por pesquisas, por meio da arte e de atividades culturais. Nestes espaços, a partir da elaboração de discursos de memória e da necessidade de fundamentar caminhos para transmitir mensagens sobre o passado repressivo à s novas gerações, as experiências ganham caráter coletivo e intensidade política sob a proposta do não esquecimento.
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