A religiosidade no bem morrer: em busca de uma teoria explícita do sagrado
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i26.14806Palavras-chave:
Sagrado. Bem morrer. Império Português.Resumo
A salvação das almas, desde o período medieval, ocupa um lugar central na doutrina católica em constante construção. Durante a era moderna, no reino português e em seus domínios, os livros devocionais que ensinam o fiel a como se preparar para a morte nos servem como indícios do modo de pensar de uma elite clerical e suas orientações os fiéis, leigos ou não. A administração do sagrado pelos sacerdotes parece ser um elemento constituidor, não apenas do culto e de sua liturgia, mas de uma sociedade que se orienta pelo inculcamento de valores cristãos. Este artigo debate sobre a presença do sagrado naqueles livros e como aquele que os pesquisa necessariamente utilizará uma teoria do sagrado, ainda que implícita e inconscientemente. Da mesma forma, compara abordagens diferentes do sagrado, com o interesse final de concluir por uma teoria explícita do sagrado, conscientemente.
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