Ruptura pela linguagem, resistência para ser
literatura afro-brasileira e sujeito negro em Água de barrela, de Eliana Alves Cruz
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.54062Palavras-chave:
Literatura Afro-brasileira, Sujeito Negro, Água de BarrelaResumo
Neste artigo, discute-se sobre o modo como a narrativa cria posicionamentos sociais e históricos para sujeitos negros no romance Água de Barrela, escrito pela jornalista Eliana Alves Cruz (2018). Em função dessa perspectiva, a materialidade da escrita aparece como um dos procedimentos literários determinantes para a compreensão do funcionamento dos discursos que têm como referentes personagens negras. Assim, os recursos linguísticos permitem que se arme uma arapuca para o próprio caráter fascista da língua utilizada a fim de construir imagens que manifestem elementos cosmogônicos da cultura iorubá. Em seguida, observam-se as relações de poder estabelecidas para os corpos negros e a maneira como suas subjetividades são construídas em função da dominação escravocrata. Para realizar essa análise, utilizaram-se as reflexões feitas por Edimilson de Almeida Pereira (2022) sobre a literatura afro-brasileira, os procedimentos analíticos pressupostos pela noção de “relações de poder” por Michel Foucault (1995) e as considerações a respeito da escravidão por Achille Mbembe (2019).
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Referências
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