A tragédia do espelho
uma análise das representações ancestrais no conto “Mulheres dos espelhos”, de Esmeralda Ribeiro
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i65.54135Palavras-chave:
Memória; Espelho; Esmeralda Ribeiro; Ancestralidade; Afro-brasilidade.Resumo
O presente artigo propõe analisar o conto “Mulheres dos espelhos” (2003), da escritora paulista Esmeralda Ribeiro, publicado na coletânea Cadernos Negros. O objetivo desta análise é promover uma reflexão crítica sob a perspectiva afro-brasileira acerca dos conflitos gerados nas estruturas identitárias articuladas pela interferência colonial. Esse fenômeno impacta no fortalecimento das representações ancestrais desencadeando um embate simbólico entre um corpo colonizado e uma ancestralidade personificada na memória que resiste à colonização. No percurso de análise, dialogamos com os estudos de Fanon (2020) e Hall (2006) que contribuíram para a compreensão das questões sobre identidade e afrodescendência, bem como os estudos de Halbwachs (2004) e Pollak (1989) para explorar as questões de memória coletiva e pertencimento. Além disso, os estudos de Bento (2022) acerca da branquitude são fundamentais para compreensão dos contextos de discriminações e desigualdades sociais no Brasil. Como resultado, apresenta-se uma reflexão sobre a importância das raízes ancestrais no processo de construção identitária. Assim, pretendemos contribuir com os estudos e discussões sobre decolonialidade e literatura afro-brasileira, colaborando para que haja mais diversidade e pluralidade na literatura brasileira.
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