Testemunho do racismo nas obras Caderno de Memórias Coloniais e Diário de Bitita
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v32i61.45777Palavras-chave:
memórias, testemunho, racismo, literatura afro-brasileira, colonialismoResumo
Este artigo analisa como o testemunho do racismo conecta as obras Caderno de Memórias Coloniais (2018), de Isabela Figueiredo, e Diário de Bitita (1986), de Carolina Maria de Jesus. A primeira narrativa denuncia o racismo dos colonos portugueses em Moçambique, nos anos 1960, enquanto a outra revela a profunda desigualdade racial da sociedade brasileira nas décadas de 1920 e 1930. Analisadas a partir da noção de trauma do racismo, ambas podem ser consideradas como literatura de testemunho.
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