A língua oficial do Estado como expressão de unidade: o português na ficção e na ensaística de Mia Couto

Autores

  • Flavio García
  • Luciana Morais da Silva

Palavras-chave:

Mundos ficcionais possíveis. Estudos Narrativos. Construção das personagens. Língua portuguesa.

Resumo

A escrita de Mia Couto, na língua oficial do Estado, apesar de não chegar a todos os seus leitores potenciais, permite-lhe ultrapassar fronteiras, recorrendo aos Estudos Narrativos para refletir sobre os mundos ficcionais possíveis e a construção das personagens que elabora em “língua portuguesa”. Iluminam-se aqui diálogos entre traços culturais latentes que se distanciam no tempo, no espaço e na falta da identidade que quer ser tradicional, conforme ele denuncia em sua prosa de ficção e ensaística.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AFONSO, Maria Fernanda. O conto moçambicano: escritas pós-coloniais. Lisboa: Caminho, 2004.

ANGIUS, Fernanda; ANGIUS, Matteo. Mia Couto: o desanoitecer da palavra. Praia: Embaixada de Portugal/Mindelo: Centro Cultural Português, 1998.

BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1978.

BRUGIONI, Elena. O “neologismo” na escrita de Mia Couto: despudor, ignorância ou continuada hegemonia colonial? In: MACEDO, Ana Gabriela; KEATING, Maria Eduarda (Org.). Colóquios de outubro 2005-2006: p poder das narrativas. As narrativas do poder. Braga: Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, 2007. p. 241-255.

COUTO, Mia. O menino no sapatinho. Lisboa: Caminho, 2013.

_____. A menina sem palavras: histórias de Mia Couto. São Paulo: Companhia das Letras, 2013a.

_____. E se Obama fosse africano? E outras interinvenções. Lisboa: Caminho, 2009.

_____. O gato e o escuro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2008.

_____. O beijo da palavrinha. 2. ed. Lisboa: Caminho, 2008a.

_____. A varanda do frangipani. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

_____. Pensatempos: textos de opinião. 2. ed. Lisboa: Caminho, 2005.

_____. A chuva pasmada. Lisboa: Caminho, 2004.

_____. Mar me quer. 9. ed. Lisboa: Caminho, 2000.

_____. A menina sem palavras. Contos do nascer da terra. Lisboa: Caminho, 1997. p. 87-89.

_____. O desaparecimento de Maria Sombrinha. Contos do nascer da terra. Lisboa: Caminho, 1997. p. 11-16.

ECO, Umberto. Lector in fabula. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.

_____. Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

FONSECA, Ana Margarida. Projetos de encostar mundos. Miraflores: Difel, 2002.

GARCÃA, Flavio; SILVA, Luciana Morais da. Leitura(s) de O gato e o escuro, de Mia Couto. Nau Literária: Crítica e Teoria de Literaturas, v. 9, n. 1, Dossiê literatura infantil e alteridade no mundo lusófono, Porto Alegre, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/view/38948>.

LEITE, Ana Mafalda. Ensaios sobre literaturas africanas. Maputo: Alcance, 2013.

LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

PETROV, Petar. O projecto literário de Mia Couto. Lisboa: Clepul, 2014.

REIS, Carlos. Pessoas de livro: figuração e sobrevida da personagem. Revista de Estudos Literários ”“ Personagem e Figuração, n. 4, p. 43-68, Coimbra, Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra, 2014.

SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Linguística Geral. 5. ed. São Paulo: Cultrix, 1973.

STIERLE, Karlheinz. Que significa a recepção dos textos ficcionais?. In: LIMA, Luiz Costa (sel., trad. e intr.). A literatura e o leitor: textos de Estética da Recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 133-187.

Downloads

Publicado

02-08-2016

Como Citar

García, F., & Silva, L. M. da. (2016). A língua oficial do Estado como expressão de unidade: o português na ficção e na ensaística de Mia Couto. Revista Cerrados, 25(41). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/25384

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.