A Primeira Tradução de Xicoténcatl ao Português Brasileiro (1826-2020): Traduzir para Resistir

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n4.2021.36130

Palabras clave:

Xicoténcatl (1826). Tradução Literária como Resistência. Literatura Comparada. Literatura Hispano-americana.

Resumen

Apresentamos, neste artigo, reflexões sobre o posicionamento que assume o tradutor com base nos estudos de Álvarez e Vidal (1996), em confluência com Tymoczko (1999, 2013). Acreditamos que a compreensão dessa questão permite elucidar o compromisso que o tradutor militante assina como forma de ação política por meio de sua ação tradutória. Para tanto, elegemos a edição de Castro Leal do romance Xicoténcatl (1826), publicada em 1964, com o intuito de verificar como tem ocorrido a abordagem a esse primeiro romance histórico latino-americano em suas traduções. Ganhará destaque o cotejo de excertos selecionados da versão ao inglês, traduzida por Castillo-Feliú, em 1999, e da primeira tradução ao português, elaborada por Fleck e publicada em 2020. Assim, este estudo também conta com o aporte teórico dos estudos advindos da Literatura Comparada de Pastor (1983), Paz (1981, 1994), Santiago (2000), Bellei (2000), Fernández Prieto (2003), Grillo (2004), Fleck (2017), entre outros. Como resultados, pretendemos evidenciar a relevância do posicionamento do tradutor literário latino-americano crítico no século XXI, sublinhando as nuances na eleição que faz o tradutor na sua prática. Consideramos que essa abordagem permitirá ressaltar uma reflexão sobre a necessidade de se ter um posicionamento definido ao longo das ações tradutórias.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Phelipe de Lima Cerdeira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Adjunto na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor (2019) e Mestre (2015) em Letras - Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná . Especialista em Língua, Literatura e Tradução em Espanhol (2012) pela Universidade Tuiuti do Paraná. Graduado em Letras - Português.
Centro Universitário Internacional (2019). Licenciado em Letras Espanhol (2016) pela Universidade Federal do Paraná. Bacharel em Comunicação Social -  Publicidade e Propaganda (2006) pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Realiza estágio de pós-doutorado em Literatura Comparada, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Instituto de Letras, Departamento de Letras Neolatinas

Leila Shaí Del Pozo González , Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutoranda e Mestre (2017) em Letras pelo Programa de Pós-Graduação Letras -Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Bolsista do Programa de demanda social - CAPES. Graduada em Letras Português/Inglês (2018) e em Letras Português/Espanhol (2014) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Professora colaboradora na faculdade de Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Educação Comunicação e Artes, Programa de Pós-Graduação em Letras -Linguagem e Sociedade. Cascavel, Paraná, Brasil.

Gilmei Francisco Fleck, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Professor associado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Doutor (2008) e Mestre (2005) em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Especialista em Letras: Língua Espanhola e respectivas Literaturas (2000) e em Letras: Ensino do Inglês como Língua estrangeira (1996), ambas  pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Graduado em Letras habilitação Português Espanhol e Respectiva Literaturas (2001) e em Letras habilitação Português Inglês e Respectiva Literaturas (1996) pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Realizou estágio pós-doutoral (2014 - 2015) na Universidad de Vigo, Espanha. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Educação Comunicação e Artes. Cascavel, Paraná, Brasil. 

Citas

Álvarez, R., & Vidal, M. C. (1996). Translation: a political act. In R. Álvarez & M. C. Vidal (Eds.), Translation power subversion (pp. 1–9). Multilingual matters.

Anónimo. (1964). Xicoténcatl. Prólogo, organização, estudo preliminar e notas de Antonio Castro Leal. In A. Castro Leal (Org.), La novela del México colonial (2a ed., pp. 73-177). Aguilar.

Anonymous. (1999). Xicoténcatl: an anonymous historical novel about the events leading up to the conquest of the Aztec Empire (G. I. Castillo-Feliú, Trad.). University of Texas Press.

Anônimo. (2020). Xicoténcatl: o primeiro romance histórico latino-americano (G. F. Fleck, Trad.). CRV.

Arrojo, R. (2007). Oficina de tradução: a teoria na prática (5a ed.). Ática.

Aulete. (s.d.). Homem. In Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Acesso em 18 de junho de 2021, em https://aulete.com.br/homem

Aulete. (s.d.). Discípulo. In Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Acesso em 18 de junho de 2021, em https://aulete.com.br/discípulo

Aulete. (s.d.). Esplêndido. In Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Acesso em 18 de junho de 2021, em https://aulete.com.br/esplêndido

Aulete. (s.d.). Toca. In Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Acesso em 18 de junho de 2021, em https://aulete.com.br/toca

Aulete. (s.d.). Regimento. In Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Acesso em 18 de junho de 2021, em https://aulete.com.br/regimento

Bassnett, S. & Trivedi, H. (1999). Introduction – Of colonies, cannibals and vernaculars. In S. Bassnett & H. Trivedi (Ed.), Post-colonial translation: theory and practice (V. C. Figuereido, Trad., pp. 1–18). Routledge.

Bellei, S. L. P. (2000). Monstros, índios e canibais: ensaios de crítica literária e cultural. Insular.

Bellini, G. (1997). Nueva historia de la literatura hispanoamericana. Castalia.

Bourdieu, P. (2002). Campo de poder, campo intelectual: itinerario de un concepto. Montressor.

Castro Leal, A. (Org.). (1964). La novela del México colonial (2a ed.). Aguilar.

Del Pozo González, L. (2020, agosto 18–20). La importancia de traducir la primera novela latino-americana, El Periquillo Sarniento (1816), de Fernández de Lizardi, para el público brasileño de hoy [Apresentação na mesa redonda: Literatura Comparada na América Latina: expressões literárias – memória, oralidade e tradução]. XIII Seminário Internacional de Francofonia, XIII Seminário Brasil–Canadá de Estudos Comparados e VI Colóquio Internacional de Estudos Comparados. Feira de Santana, Bahia, Brasil. https://www.youtube.com/watch?v=Ixbg6bOMF2U

DRAE. (s.d.). Hermoso. In Diccionario de la Real Academia. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://dle.rae.es/hermoso

DRAE. (s.d.). Guarida. In Diccionario de la Real Academia. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://dle.rae.es/guarida

DRAE. (s.d.). Tercio. In Diccionario de la Real Academia. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://dle.rae.es/tercio

DRAE. (s.d.). Satélites. In Diccionario de la Real Academia. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://dle.rae.es/satélite

Fernández de Lizardi, J. J. (2008). El Periquillo Sarniento (2. ed.; C. Ruiz Barrionuevo, Ed.). Cátedra.

Fernández Prieto, C. (2003). Historia y novela: poética de la novela histórica (2a ed.). EUNSA.

Fleck, G. F. (2017). O romance histórico contemporâneo de mediação: entre a tradição e o desconstrucionismo – releituras críticas da história pela ficção. CRV.

Fleck, G. F., & Del Pozo González, L. (2020). Introdução: A tradução no contexto latino-americano: vias para a descolonização – diálogos entre culturas e épocas. In Anônimo, Xicoténcatl: o primeiro romance histórico latino-americano (G. F. Fleck, Trad.; pp. 15–30). CRV.

Grillo, R. M. (2004). Tres novelas para la misma historia: el encuentro entre Cortés y Xicoténcatl. América sin nombre, 0(5–6), 104–114. https://doi.org/10.14198/AMESN2004.5-6.13

Martins, M. A. P. (2011). O papel da tradução como força modeladora dos sistemas literários. In M. Weinhardt & M. M. Cardoso (Orgs.), Centro, centros: literatura e literatura comparada em discussão (pp. 111–126). UFPR.

Merriam-Webster. (s.d.). Beautiful. In Merriam-Webster.com dictionary. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://www.merriam-webster.com/dictionary/beautiful

Merriam-Webster. (s.d.). Lair. In Merriam-Webster.com dictionary. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://www.merriam-webster.com/dictionary/lair

Merriam-Webster. (s.d.). Follower. In Merriam-Webster.com dictionary. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://www.merriam-webster.com/dictionary/follower

Merriam-Webster. (s.d.). Regiment. In Merriam-Webster.com dictionary. Acesso em 15 de junho de 2021, em https://www.merriam-webster.com/dictionary/regiment

Mignolo, W. (2003). Historias locales, diseños globales. Colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Akal Ediciones.

Pastor, B. (1983). Discurso narrativo de la conquista de América. Casa de las Américas.

Paz, O. (1981). Alrededores de la literatura hispanoamericana. In O. Paz, In/Mediaciones (pp. 25–37). Seix Barral. (Obra originalmente publicada em 1976)

Paz, O. (1994). La búsqueda del presente. In J. Skirius (Org.), El ensayo hispanoamericano del siglo XX. (3. ed., pp. 431-442). Fondo de Cultura Económica. (Obra originalmente publicada em 1990)

Santiago, S. (2000). Uma literatura nos trópicos (2a ed.). Rocco.

Tymoczko, M. (1999). Post-colonial writing and literary translation. In S. Bassnett & H. Trivedi (Ed.), Post-colonial translation: theory and practice (pp. 19–40). Routledge.

Tymoczko, M. (2013). Ideologia e a posição do tradutor: em que sentido o tradutor se situa no “entre”(lugar)? In R. F. Blume & P. Peterle (Orgs.), Tradução e relações de poder (pp. 115–148). PGET/UFSC.

Vigny, A. de. (1826). Cinq-Mars, ou une conjuration sous Louis XIII. Urbain Canel.

Wyler, L. (2003). Línguas, poetas e bacharéis: uma crônica da tradução no Brasil. Rocco.

Publicado

2021-11-17

Cómo citar

DE LIMA CERDEIRA, Phelipe; SHAÍ DEL POZO GONZÁLEZ , Leila; FLECK, Gilmei Francisco. A Primeira Tradução de Xicoténcatl ao Português Brasileiro (1826-2020): Traduzir para Resistir. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 10, n. 4, p. 01–19, 2021. DOI: 10.26512/belasinfieis.v10.n4.2021.36130. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/36130. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.