Análise tradutória de textos acadêmicos produzidos por estudantes surdos a partir da perspectiva dos diferentes níveis linguísticos categorizados pelo QCER
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n1.2021.32872Palabras clave:
Tradução de textos acadêmicos de autores surdos. Tradução Libras – Português escrito. Pós-graduandos surdos.Resumen
O trabalho ora proposto traz, como tema central, os processos de tradução da Língua Brasileira de Sinais - Libras ”“”“ para a Língua Portuguesa. Tem como objeto de análise textos acadêmicos escritos por pós-graduandos surdos. Busca-se apresentar e discutir as diferentes formas de registro desses textos, bem como a tradução do material. Foram analisados quatro processos de tradução de trabalhos de pós-graduação, sendo três Dissertações e uma Tese. Este estudo realizou análise de excertos, retirados dos textos produzidos por esses sujeitos, categorizados a partir do Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas, não para comparar os sujeitos, mas, para classificar os textos dentro de diferentes níveis linguísticos de aquisição de uma segunda língua. No que tange ao suporte teórico, este estudo alicerça-se em estudos já propostos por Rigo (2016, 2018); Segala (2010) e Segala e Quadros (2015), entre outros nomes de referência para a área da surdez e da tradução. Percebeu-se que, para cada nível de produção linguística, foi necessário organizar uma estratégia diferente de tradução/adaptação linguística. Ou seja, os textos produzidos pelos usuários de Língua Portuguesa classificados como C requereram apenas adaptação linguística; já para os classificados como B foi utilizada uma combinação de adaptação linguística e tradução. Finalmente, o classificado como nível A teve necessidade de uma tradução.
Descargas
Citas
Almeida, D. L., Santos, G. F. D., & Lacerda, C. B. F. (2015, set./dez.). O ensino do Português como segunda língua para surdos: estratégias didáticas. Revista Reflexão e Ação, 23(3), 30-57.
Dechandt, S. B. (2006). A apropriação da escrita por crianças surdas. In R. M. Quadros. (Org.), Estudos Surdos I. Arara Azul.
Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. (2005, 23 dezembro). Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
Fernandes, C. L., & Rosa, F. S. (2014). Tradução Acadêmica da Língua de Sinais para o Português Escrito: a urgência e emergência desse trabalho. Anais do IV Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa. Florianópolis.
Gancho, C. V. (2006). Como Analisar Narrativas (Série Princípios, 9 ed.). Ática.
Jakobson, R. (1959). On Linguistic Aspects of Translation. In R. A. Brower (Ed.), On Translation. Harvard University Press.
Klamt, M. M. (2014). Tradução Comentada do poema em Língua Brasileira de sinais: “Voo sobre o Rio”. Revista Belas Infiéis, 3(2), 107-123. https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v3.n2.2014.11285
Krusser, R. S. (2017). Design Editorial na Tradução de Português para Libras [Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/177595
Lacerda, C. B. F. (2009). Intérprete de Libras em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Editora Mediação.
Lebedeff, T. B. (2006). O que lembram os surdos de sua escola: discussão das marcas criadas pelo processo de escolarização. In A. da S. Thoma & M. C. Lopes. (Orgs.), A Invenção da Surdez II (1. ed., pp. 47-61). Edunisc.
Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. (2000, 20 dezembro). Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm
Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. (2002, 25 abril). Reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras como meio de comunicação e expressão das comunidades surdas brasileiras. Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
Marques, R. R. (2014). Os Vídeo-Registros e suas Implicações na área de Tradução em Língua de Sinais. Anais do IV Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa. Florianópolis.
MEC/GARI – Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. Disponível em: https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk02yED165w87RjZEbLSk0Lf9Ff5L_w:1625411859132&source=univ&tbm=isch&q=MEC/GARI,2020+quadro+comum+europeu&sa=X&ved=2ahUKEwiYpeiD28nxAhXaHrkGHbu1DvMQjJkEegQIExAC&biw=1093&bih=526#imgrc=IA2VB0w2uz9DAM
Moita Lopes, L. P. da. (2003). Oficina de linguística aplicada. A natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas (pp. 113-124). Mercado de Letras.
Mozzillo, I. (2003, julho). Aspectos da Conversação Bilíngue Reinterpretados a partir do Princípio da Relevância. Revista ABRALIN, II(1), 51-85.
Nicoloso, S. (2010). Traduzindo Poesia em Língua de Sinais: uma experiência fascinante de verter gestos em palavras [Tradução e Interpretação de Língua de Sinais]. Cadernos de Tradução, 2(26), 307-332.
Nord, C. (2016). Análise textual em tradução: bases teóricas, métodos e aplicação didática (M. E. Zipser, Coord. de Trad. e Adaptação; Coleção Transtextos, v.1). São Paulo.
Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, ensino, avaliação. (2001). Edições ASA. https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/quadro_europeu_comum_referencia.pdf
Quadros, R. M. (2004). O tradutor e intérprete de língua de sinais brasileira e língua portuguesa. Secretaria de Educação Especial/Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos. MEC/SEESP.
Rigo, N. S. (2015). Tradução de Libras para Português de Textos Acadêmicos: considerações sobre a prática [Estudos da Tradução e da Interpretação de Língua de Sinais]. Cadernos de Tradução, 35(2), 428-478. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35nesp2p458
Rigo, N. S. (2018, junho). Tradução de Textos Acadêmicos de Português para a Língua Brasileira de Sinais: O Emprego de Elementos do Design Editorial como Soluções Tradutórias. Translatio, (15), 173-196.
Rodrigues, C. H. (2018). Translation and Signed Language: highlighting the visual-gestural modality . Cadernos de Tradução, 38(2), 94-319. http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38n2p294
Santos, L. A. dos. (2005). Considerações sobre o ensino de português como segunda língua a partir da experiência com professores Wajãpi. Cadernos de educação escolar indígena, 4(1), 149-164.
Segala, R. R. (2010). Tradução Intermodal e Intersemiótica/Interlingual: português brasileiro escrito para língua brasileira de sinais [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94582
Segala, R. R., & Quadros, R. M. (2015). Tradução intermodal, intersemiótica e interlinguística de textos escritos em Português para a Libras oral [Estudos da Tradução e da Interpretação de Língua de Sinais]. Cadernos de Tradução, 35(2), 354-386. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35nesp2p354
Selinker, L. (1972). Interlanguage. International Review of Applied Linguistics, 10, 209-231.
Silva, R. C. (2013). Indicadores de Formalidade no Gênero Monológico em Libras [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122823
Silva, R. C. (2017, jan./jun.). Produções acadêmicas em Libras como ferramentas de política linguística das comunidades surdas brasileiras. Revista Leitura, 1(58), 107-123. https://doi.org/10.28998/2317-9945.2017v1n58p107-123
Sobral, A. (2008). Posfácio. In I. C. Benedetti & A. Sobral (Orgs.), Conversas com tradutores: balanços e perspectivas da tradução (pp. 201-214). Parábola.
Souza, S. X. (2010). Performances de Tradução para a Língua Brasileira de Sinais Observadas no Curso de Letras-Libras [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94642
Taveira, C., Rosado, A., Lemos, G. S., Furriel, M.S. (2015). Novas tecnologias na produção de monografias em Libras com alunos do INES: língua de sinais, performance surda e o uso do vídeo digital. In L. A. S. Rosado & G. M. S. Ferreira (Org.), Educação e tecnologia: parcerias (Vol. 4, p. 142-186). Editora Universidade Estácio de Sá.
Viana, J. M. (2019). Adaptação do Shape Coding para o ensino de Língua Portuguesa para surdos do sexto ano do Ensino Fundamental [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Pelotas]. Repositório Institucional da UFPel. http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/prefix/4478/1/Dissertacao_Joseane_Maciel_Viana.pdf
Weininger, M. J.; Spence-Sutton, R.; Machado, F. Rigo, N.; Souza, S.X.; Heinzelmann, R. (2014). Quando Múltiplos Olhares Geram Diferentes Experiências de Tradução ao Português de um Poema em Libras: o caso de “Homenagem Santa Maria” de Godinho (2013). Anais do IV Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa. Florianópolis.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 CC BY
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Copyright Statement
Given the public access to this journal, the texts are free to use but requires the recognition of the original authorship and initial publication in this journal to be properly stated.
The journal allows the use of works published for non-commercial purposes, including the right to submit the work to publicly accessible databases. Published contributions are the sole and exclusive responsibility of the author(s).
- When submitting papers to be evaluated by the Belas Infiéis journal, the author(s):
- Declare that the contents of the contributions are original and of their original creation, being entirely responsible for their content if there is an objection by third parties.
- Claim to be aware that they should not commit academic plagiarism.
- Declare that the manuscript has not been published, completely or partially, in Portuguese or another language. If it is a translation it should be submitted to the Translated Articles section.
- Declare that the manuscript is not being evaluated by other journals.
- Declare that the manuscript was not submitted to another journal simultaneously.
- Commit(s) to inform the journal of any kind of error or inaccuracy in their contribution (published, in evaluation or in editing) and to collaborate with the editors to make due corrections of the article (when in evaluation or editing) or erratum/retraction (after publication).
- Declare that there is no conflict of interest regarding the published work.
- Authorize its release if it is accepted for publication without any kind of monetary compensation.
- Agree to assign non-exclusive rights to publication to the magazine, remaining free to make their contribution available in other media as long as the publication of the first version in Belas Infiéis magazine is mentioned. They also authorize Belas Infiéis to assign their texts for reproduction in content indexers, virtual libraries and similar platforms.
- Maintain copyright and grant the journal the right of first publication, the work being licensed under theCreative Commons Attribution License.
- Is/Are allowed and encouraged to publish and distribute their work online after the editorial process, which may increase the impact and citation of the published work.
- Authorize the editorial team to make textual adjustments and to adapt the article to the publication rules, when necessary.