A tradução do COVID-19 para a língua de sinais espanhola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n3.2021.33966

Palavras-chave:

COVID-19. Coronavírus. Tradução. Técnicas. Língua de sinais espanhola.

Resumo

O ano 2020 será lembrado como o ano em que um novo coronavírus fez o mundo vacilar. Os sistemas de saúde em todos os países se deparam com a COVID-19, uma doença para a qual não temos recursos suficientes. A implementação bem-sucedida de medidas preventivas pela sociedade é essencial para evitar sua propagação. Entretanto, as informações fornecidas pelos governos não são acessíveis a todos os cidadãos e os surdos têm dificuldade de não estar em língua de sinais, o que tem sérias consequências para sua saúde e a de todos os demais. O presente documento analisa as técnicas de tradução aplicadas para traduzir termos sobre a COVID-19 para a língua de sinais espanhola (LSE). Através da compilação de um corpus paralelo de vídeo em LSE e espanhol com legendas, e tomando como referência a proposta de técnicas de tradução de Hurtado (2001), identificamos os procedimentos utilizados por um tradutor surdo para conseguir estas equivalências. Os resultados revelam que o empréstimo, seja da língua oral (através do alfabeto dactilológico) ou de outras línguas de sinais (com o sinal generalizado para coronavírus), é o principal recurso para lidar com os neologismos que surgiram. Além disso, foi encontrado o uso de diferentes técnicas para a mesma palavra, mesmo quando existe um equivalente nos dicionários do LSE. Entre todos eles, a generalização se destaca como um procedimento para tornar os textos mais compreensíveis na cultura alvo, o que indica a importância do conhecimento cultural e social no tradutor. Tudo isso demonstra a funcionalidade das técnicas de tradução e a adaptação que delas é feita levando em conta o (con)texto, bem como a natureza dinâmica dos equivalentes. Esta pesquisa exploratória permite aprofundar estes procedimentos de tradução a fim de tornar estas informações mais acessíveis à comunidade surda e lutar juntos contra a COVID-19.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMORIM, Gildete, Alex Sandro Ramos, Gláucio de Castro Junior, Luciana de Souza y Helena Castro. “Coronavirus, Deafness and the Use of Different Signs of the Area in Health during a Period of Pandemic Time: Is That the Best Option to Do?”. Creative Education 11, (2020): 573-80. https://doi.org/10.4236/ce.2020.114042

BÉLANGER, Danielle-Claude. “The specificities of Quebéc Sign Language Interpreting. First Part: Analysis using the Effort Model of Interpreting”. The Sign Language Interpreting Studies Reader. Eds. Cynthia B. Roy y Jemina Napier. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins. B. V., 1995/2015. 242-51. Impreso.

CASTRO, Helena Carla, Alex Sandro Lins Ramos, Gildete Amorim, y Norman Ratcliffe. “COVID-19: Don’t Forget Deaf People”. Nature 579, (2020): 343. https://doi.org/10.1038/d41586-020-00782-2

COSTELLO, Brendan, Javier Fernández, Saúl Villameriel y Marta Mosella. “Una lengua sin nativos: consecuencias para la normalización”. Estudios sobre la lengua de signos española. III Congreso Nacional de la lengua de signos española: hacia la normalización de un derecho lingüístico y cultural. Madrid: UNED, 2012. 371-88. Impreso.

CNSE. “Los vídeos informativos de la Confederación Estatal de Personas Sordas sobre el coronavirus superan las 600.000 reproducciones”. Discapnet. 9 jul 2020. Actualidad y eventos: Noticias sobre Discapacidad. Web. 7 ago. 2020. < https://www.discapnet.es/actualidad/2020/07/los-videos-informativos-de-la-confederacion-estatal-de-personas-sordas-sobre-el>

DE LOS SANTOS, Esther y Pilar Lara. Técnicas de interpretación de lengua de signos. 2ª ed. Madrid: Fundación CNSE, 2004. Impreso.

EUD [EUROPEAN UNION OF THE DEAF]. Report on EUD consultative virtual regional meetings with the National Associations of the Deaf in Europe in the context of COVID-19 pandemic. Julio 2020. Web. 27 ago. 2020. < https://www.eud.eu/news/report-eud-consultative-virtual-regional-meetings-national-associations-deaf-europe-context-covid-19-pandemic/>

FLICK, Uwe. El diseño de investigación cualitativa. Madrid: Ediciones Morata, 2015. Impreso.

FUNDACIÓN CNSE. Guía de accesibilidad para personas sordas en las industrias culturales. 2013. Web. 7 ago. 2020. < http://www.fundacioncnse.org/pdf/Guia_accesibilidad_industrias_culturales_personas_sordas_def.pdf>

Autor1 (2020)

Autor1 et al. (2020)

GRUPO PACTE. “La competencia traductora y su adquisición”. Quaderns. Revista de Traducció 6, (2001): 39-45. < https://ddd.uab.cat/pub/quaderns/11385790n6/11385790n6p39.pdf>

HALE, Sandra. La interpretación comunitaria: la interpretación en los sectores jurídico, sanitario y social. Coord. Carmen Valero. Granada: Comares, 2010. Impreso.

HERNÁNDEZ, Roberto, Carlos Fernández, y Pilar Baptista. Metodología de la investigación. 6ª ed. México: McGraw-Hill, 2014. Impreso.

HURTADO, Amparo. Traducción y Traductología. Introducción a la Traductología. Madrid: Cátedra, 2001. Impreso.

LAZCANO-PONCE, Eduardo y Celia Alpuche-Aranda. “Alfabetización en salud pública ante la emergencia de la pandemia por Covid-19”. Salud Pública de México 62,3, (2020): 331-40. https://doi.org/10.21149/11408

MAJOR, George, Jemina Napier, Lindsay Ferrara y Trevor Johnston. “Exploring lexical gaps in Australian Sign Language for the purposes of health communication”. Communication & Medicine 9.1 (2012): 37-47. https://doi.org/10.1558/cam.v9i1.37

MARGELLOS-ANAST, Helen, et al. “Developing a standardized comprehensive health survey for use with deaf adults”. American Annals of the Deaf 150,4, (2005): 388-96. https://doi.org/10.1353/aad.2005.0039

MARTÃN, Jesús y María José Nieto. “Lengua de signos española: un idioma clave en el acceso de las personas sordas a los bienes culturales”. Estudios sobre la lengua de signos española. III Congreso Nacional de la lengua de signos española: hacia la normalización de un derecho lingüístico y cultural. Madrid: UNED, 2012. 155-61. Impreso

MERRIAM, Sharan B. Qualitative research: a guide to design and implementation. San Francisco: Jossey-Bass, 2009. Impreso.

NIDA, Eugene A. Toward a science of translating: with special reference to principles and procedures involved in Bible translating. Leiden: E.J. Brill, 1964. Impreso.

OMS. “Coronavirus disease (COVID-19). Weekly Epidemiological Update”. Organización Mundial de la Salud. 31 ago. 2020. Web. 31. ago. 2020. < https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200831-weekly-epi-update-3.pdf?sfvrsn=d7032a2a_4>

OMS. Disability considerations during the COVID-19 outbreak. Organización Mundial de la Salud. 2020. Web. 30 ago. 2020. <https://apps.who.int/iris/handle/10665/332015>.

OROZCO, Mariana. “Propuesta de un catálogo de técnicas de traducción: la toma de decisiones informada ante la elección de equivalentes”. Hermeneus: Revista de Traducción e Interpretación 16, (2014): 233”“64. < https://recyt.fecyt.es/index.php/HS/article/view/33275>

PÖCHHACKER, Franz. Introducing interpreting studies. London: Routledge, 2004. Impreso.

QUADROS, Ronice Müller de. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa, Brasília: MEC ”“ Secretaria de Educação Especial (SEESP), 2004. Web. 5 ago. 2020. <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf>

QUADROS, Ronice Müller de. y Rimar R. Segala. “Tradução intermodal, intersemiótica e interlinguística de textos escritos em Português para a Libras oral”. Cadernos de Tradução 35,2, (2015): 354-86. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35nesp2p354.

QUADROS, Ronice Müller de. y Saulo Xavier Souza. “Aspectos da tradução/encenação na língua de sinais brasileira para um ambiente virtual de ensino: práticas tradutórias do curso de letras libras”. Estudos Surdos III. Org. Ronice Müller de Quadros. Petropolis: Editora Arara Azul, 2008. 168-207. Web. 6 ago. 2020. <http://editora-arara-azul.com.br/site/ebook/detalhes/16>

RAE. “Las palabras más buscadas en el diccionario durante la cuarentena”. Real Academia Española. 7 abr. 2020. Web. 13 ago. 2020. <https://www.rae.es/noticias/las-palabras-mas-buscadas-en-el-diccionario-durante-la-cuarentena>

SÁNCHEZ, Elena. Teoría de la traducción: convergencias y divergencias. Vigo: Servicio de Publicacións da Universidade de Vigo, 2002. Impreso.

SEGALA, Rimar R. “Tradução intermodal e intersemiótica/interlinguística: portugués escrito para a língua de sinais”. Tesis de Maestría. Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. Web. 6 ago. 2020. <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/94582/283099.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

WFD. “Statement on Equality & Non-Discrimination during the Global Covid-19 Pandemic”. World Federation of the Deaf. 11 may. 2020. Web. 28 ago. 2020. <https://wfdeaf.org/wp-content/uploads/2020/05/Statement-on-Non-Discrinination_Covid-19-situation_April-2020.docx.pdf>

Publicado

01-07-2021

Como Citar

GONZÁLEZ-MONTESINO, Rayco H. A tradução do COVID-19 para a língua de sinais espanhola. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 10, n. 3, p. 01–20, 2021. DOI: 10.26512/belasinfieis.v10.n3.2021.33966. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/33966. Acesso em: 26 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.