Um tipo de mágica: Aspectos da rima em poemas originais e traduzidos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v8.n3.2019.26341

Palavras-chave:

Rima. Tradução. Poesia. Paráfrase poética. Robert Browning.

Resumo

Rimas em poemas originais e traduzidos são o tema deste artigo, seu objetivo sendo analisá-las como cerceamentos potencialmente criativos na escrita original e na tradução. Com esse objetivo, o artigo analisa ideias comumente aceitas sobre rimas, como a suposição de que rimas limitam a expressão, para refutá-las por meio de argumentos girando em torno ao potencial criativo das rimas em poemas originais e em poemas traduzidos, rimas sendo consideradas como convenções ou cerceamentos que, uma vez usadas com propriedade pelo poeta e pelo poeta-tradutor, são um componente da sua originalidade. Desse ângulo, o uso apropriado da rima estaria ligado à criação de contextos logicamente convincentes para as rimas. No caso de traduções poéticas, em que o tradutor não pode senão usar um contexto estrangeiro como ponto de partida para a experiência literária a ser desenvolvida em sua tradução, o contexto estrangeiro é já um cerceamento a mais no caso de rimas, o que prova que os cerceamentos na tradução são maiores do que na escrita original. Essas ideias sobre rima também são apresentadas no artigo como relacionadas a visões pessoais do autor sobre tradução poética, inspiradas por escritos críticos de Jean Boasse-Beier e Michael Hamburger. Segundo os pontos de vista do autor, seguindo os passos de Jean Boasse-Beier, a tradução é uma arte cerceada, e “paráfrases poéticas”, que ele define idiossincraticamente a partir de suas elaborações das idéias seminais de Dryden sobre o assunto, é o expediente que ele escolhe para lidar com cerceamentos na tradução poética. Por fim, o artigo analisa trechos da tradução de O flautista em Hamelin à luz dessas idéias, e inclui uma versão atualizada do poema publicado em décadas anteriores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alípio Correia de Franca Neto, Universidade em São Paulo

Doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada (2011) pela Universidade em São Paulo. Graduado em Letras (2005) pela Universidade de São Paulo. Realizou estágio de pós-doutorado em Teorias da Tradução (2013) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo, São Paulo, Brasil.

Dentre suas traduções poéticas, destacam-se: Pomas, um tostão cada, de James Joyce (Editora Iluminuras; Prêmio Jabuti de 2001); A Balada do Velho Marinheiro (Ateliê Editorial; Prêmio Jabuti de 2006); Vênus e Adônis (Editora Leya; Prêmio Jabuti em 2014); Eugênio Onêguin, de Alexandr Púchkin, em parceria com Elena Vássina (Ateliê Editorial);  Menos enganados: 80 poemas de Philip Larkin; e os poemas em forma de livro  V, A Sombra de Hiroshima e Um Jato Gélido, de Tony Harrison, todos a ser lançados este ano pela Ateliê Editorial.

Downloads

Publicado

26-07-2019

Como Citar

FRANCA NETO, Alípio Correia de. Um tipo de mágica: Aspectos da rima em poemas originais e traduzidos. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 8, n. 3, p. 227–244, 2019. DOI: 10.26512/belasinfieis.v8.n3.2019.26341. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/26341. Acesso em: 26 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.