A DOMESTICAÇÃO DE UM TEXTO NÃO TÃO SELVAGEM:

A TRADUÇÃO DA PEÇA SAVAGES (HAMPTON, 1974) COMO PROCESSO DE (RE)POLITIZAÇÃO

Autores

  • Davi Silva GONÇALVES Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v6.n2.2017.11458

Palavras-chave:

Tradução Literária, Christopher Hampton, Selvagens

Resumo

Este trabalho discute alguns aspectos da tradução da peça Savages, de Christopher Hampton (1974). Como intuito principal, proponho uma reflexão acerca das dificuldades encontradas durante o processo tradutório, tendo em vista a distância temporal e espacial dos contextos de partida e de chegada. O referencial teórico escolhido para tal análise literária e tradutória se situa, principalmente, nas discussões propostas por Lawrence Venuti (2002) e Stuart Hall (2003). Aspectos culturais, históricos e políticos se interseccionam na trama de Hampton que, apesar de inglês, escreve sobre o Brasil ”“ aspectos estes que inevitavelmente influenciam diretamente as escolhas tradutórias, tendo em vista a indissociabilidade entre texto(s) e contexto(s). Acredito que a análise e a tradução dessa peça possam contribuir para um maior enriquecimento naquilo que tange o seu debate acerca da extinção indígena, principalmente na região amazônica, do golpe militar de 1964 e do surgimento de organizações de resistência a tal regime. Trata-se este debate do foco principal deste artigo, sendo o “traduzir” muitas vezes sinônimo do “politizar” ”“ em um momento político que carece de diálogo, bem como no qual reina o esquecimento com relação àquilo que o objeto aborda.

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Referências

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Publicado

20-12-2017

Como Citar

GONÇALVES, Davi Silva. A DOMESTICAÇÃO DE UM TEXTO NÃO TÃO SELVAGEM:: A TRADUÇÃO DA PEÇA SAVAGES (HAMPTON, 1974) COMO PROCESSO DE (RE)POLITIZAÇÃO. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 6, n. 2, p. 117–133, 2017. DOI: 10.26512/belasinfieis.v6.n2.2017.11458. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/11458. Acesso em: 17 dez. 2024.

Edição

Seção

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