ENTRE O NACIONAL E O ESTRANGEIRO:

DIÁLOGOS DE FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA

Autores

  • Leomir Silva de Carvalho Universidade Federal do Pará
  • Sílvio Augusto de Oliveira Hollanda Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v4.n2.2015.11335

Palavras-chave:

Romantismo, Modernidade, Nacional, Estrangeiro, Tradução

Resumo

Este artigo tem como objetivo examinar a relação entre o nacional e o estrangeiro em dois períodos determinantes na formação da identidade brasileira, o romantismo e a modernidade, compreendendo-se aqui por tal o período entre a Semana de 22 e o movimento concretista. Ao lado disso, analisa-se como durante a modernidade a tradução é tomada como forma privilegiada de estabelecer contato com o estrangeiro, por meio da atividade do tradutor/devorador, capaz de realizar um diálogo que foge às convenções impostas de fora. Para isso, analisam-se os textos “Bosquejo da poesia brasileira” (1841) e “Introdução sobre a literatura nacional” (1844), de Joaquim Norberto de Sousa e Silva, e os ensaios “Poesia e modernidade” (1984) e “Da razão antropofágica” (1980), de Haroldo de Campos, em que ambos, à sua maneira, buscam elaborar uma tradição própria, ao mesmo tempo em que dialogam com o estrangeiro. Constata-se que ambos almejam uma tradição que responda pelo nacional e que possa mediar a relação com o outro.

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Referências

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Publicado

08-10-2015

Como Citar

CARVALHO, Leomir Silva de; HOLLANDA, Sílvio Augusto de Oliveira. ENTRE O NACIONAL E O ESTRANGEIRO:: DIÁLOGOS DE FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 4, n. 2, p. 55–65, 2015. DOI: 10.26512/belasinfieis.v4.n2.2015.11335. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/11335. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos

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