Cultura, Identidade e Cuidado com a Natureza
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v6n3.2015.15637Palavras-chave:
Modernidade, Ideologia, Natureza selvagem, Conservacionismo, PreservacionismoResumo
Este artigo foi construído ao redor de duas indagações logicamente conectadas, que emergem do referencial teórico elaborado por Louis Dumont aplicado à realidade brasileira. Inicialmente, investiga-se se a sociedade brasileira atribui à natureza status equivalente à quele atribuído pelas sociedades ocidentais modernas, das quais a norte-americana é emblemática. Em seguida, questiona-se se, no Brasil, o trato antropocêntrico e utilitário das questões ambientais é favorecido em prejuízo dos argumentos baseados no valor intrínseco da natureza. Referidas questões são respondidas por meio de pesquisa bibliográfica em história geral e brasileira. As conclusões apontam para a ratificação da tese de Da Matta, para quem a natureza está inserida na hierarquia social brasileira, não havendo que se falar, aqui, em ruptura natureza versus cultura. Em função da posição da natureza na hierarquia social, argumentos antropocêntricos, utilitários e conservacionistas tendem a angariar mais adeptos que argumentos biocêntricos, éticos e preservacionistas em prol da proteção à natureza.
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