Valoração de serviços ecossistêmicos:

por que e como avançar?

Autores

  • Daniel Caixeta Andrade Universidade Federal de Uberlândia
  • Ademar Ribeiro Romeiro Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.18472/SustDeb.v4n1.2013.9199

Palavras-chave:

Capital natural, Valoração dos serviços ecossistêmicos, Valoração econômico-ecológica, Modelagem econômico-ecológica

Resumo

O objetivo principal deste artigo é contribuir para o aperfeiçoamento metodológico do processo de valoração dos serviços ecossistêmicos. A hipótese básica adotada foi de que esta deve contar com a utilização da ferramenta de modelagem econômico-ecológica como requisito básico para compreensão da dinâmica ecológica envolvida e a incorporação dos valores de outros serviços ecossistêmicos que de outra maneira não seriam captados. Enquanto ferramenta importante de gestão, é preciso se avançar em termos de propostas para o aperfeiçoamento da valoração de serviços ecossistêmicos, de forma a contornar seu viés reducionista. É neste sentido que o presente trabalho apresenta como contribuição maior a proposta da valoração econômico-ecológica, a qual visa integrar a valoração stricto sensu à análise mais geral das alterações nos fluxos físicos de serviços ecossistêmicos (avaliação ecossistêmica) e seus efeitos sobre as variáveis econômicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniel Caixeta Andrade, Universidade Federal de Uberlândia

Professor Adjunto do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (IEUFU)

Ademar Ribeiro Romeiro, Universidade Estadual de Campinas

Professor Titular do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IEUNICAMP)

Referências

AMAZONAS, M. de C. Valor ambiental em uma perspectiva heterodoxa institucionalecológica.
Economia e Sociedade, v. 18, n. 1 (53), p. 183-212, 2009.
ANDRADE, D.C., ROMEIRO, A.R., SIMÕES, M.S.. From an Empty to a Full World: a
nova natureza da escassez e suas implicações. Economia e Sociedade, v. 21, p.
695-722, 2012.
ANDRADE, D.C. Modelagem e valoração de serviços ecossistêmicos: uma contribuição
da economia ecológica. Tese de Doutorado, Instituto de Economia ”“ UNICAMP,
268p., 2010.
AZQUETA, D., SOTELSEK, D. Valuing Nature: from environmental impacts to natural capital. Ecological Economics 63, p. 22-30, 2007.
BINGHAM, G., BISHOP, R., BRODY, M., BROMLEY, D., CLARK, E.(T)., COOPER, W.,
COSTANZA, R., HALE, T., HAYDEN, G., KELLERT, S., NORGAARD, R., NORTON, B.,
PAYNE, J., RUSSEL, C., SUTER, G. Issues in Ecosystem Valuation: Improving
Information for Decision Making. Ecological Economics 14, p. 73-90, 1995.
BOCKSTAEL, N. E., FREEMAN III, A.M., KOPP, R.J., PORTNEY, P.R., SMITH, V.K. On
Measuring Economic Values for Nature. Environmental & Science Technology 34, p.
1384-1389, 2000.
BOCKSTAEL, N., COSTANZA, R., STRAND, I., BOYNTON, W., BELL, K., WAINGER, L.
Ecological Economic Modeling and Valuation of Ecosystems. Ecological Economics
14(2), p. 143-159, 1995.
COSTANZA, R. Social goals and valuation of natural capital. Environmental
Monitoring and Assessment 86, p. 19-28, 2003.
__________. Social Goals and the Valuation of Ecosystem Services. Ecosystems 3,
p. 4-10, 2000.
GEORGESCU-ROEGEN, N. Métodos em ciência econômica. Economia Ensaios 20
(1), p. 7-16, 2005. [reprodução]
GONZÁLEZ, B.A. La valoración económico-ecológica y la presente coyntura
socioecológica latinoamericana. In: UICN (Unión Mundial para la Naturaleza), 2004.
Valoración económica, ecológica y ambiental: análisis de casos em Iberoamérica.
San Jose: EUNA, 2004.
HARRIS, G. Integrated assessment and modeling: an essential way of doing science.
Environmental and Modelling & Software 17, p. 201-207, 2002.
HEIN, L., VAN KOPPEN, K., DE GROOT, R.S., VAN IERLAND, E.C. Spatial scales,
stakeholders and the valuation of ecosystem services. Ecological Economics 57(2),
p. 209-228, 2006.
LEVIN, S. A. Ecosystems and the biosphere as complex adaptive systems. Ecosystems
1, p. 431-436, 1998.
MAIA, A.G., ROMEIRO, A.R., REYDON, B.P. Valoração de recursos ambientais ”“
metodologias e recomendações. Texto para Discussão, Instituto de Economia/
UNICAMP, n° 116, março, 2004.
MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT (MEA). Ecosystem and Human Well-Being:
A framework for assessment. Washington, D.C.: Island Press, 2003.
MOTTA, R.S. da. Manual para valoração econômica de recursos ambientais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, 1998.
MUELLER, C.C. Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio
ambiente. Brasília: Editora UnB, 2007.
PEARCE, D. Economic values and the natural world. Londres: Earthscan Publications,
1993.
ROBINSON, J.B. Modelling the interactions between human and natural systems.
International Social Science Journal 130, p. 629-647, 1991.
SIMON, H. A. Theories of decision-making in economics and behavioral science.
The American Economic Review 49 (3), p. 253-283, 1959.
TANSLEY, A.G. The use and abuse of vegetational concepts and terms. Ecology 3, p.
284-307, 1935.
TURNER, R.K., ADGER, W.N., BOUWER, R. Ecosystem services value, research needs,
and policy relevance: a commentary. Ecological Economics 25 (1), p. 61-65, 1998.

Downloads

Publicado

2013-07-01

Como Citar

Andrade, D. C., & Romeiro, A. R. (2013). Valoração de serviços ecossistêmicos:: por que e como avançar?. Sustainability in Debate, 4(1), 43–58. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v4n1.2013.9199

Edição

Seção

Dossiê