Ensinando Vetores Para o 1º Ano do Ensino Médio: proposta de Ensino Investigativo com o uso do experimento “Roda de Vetores”

Autores

  • Alessandro Freitas Universidade de Brasília (UnB)
  • Olavo Leopoldino da Silva Filho Universidade de Brasília http://orcid.org/0000-0001-8078-3065
  • Marcello Ferreira Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.26512/rpf.v3iEspecial.25866

Palavras-chave:

Vetores. Aprendizagem Significativa. Filosofia das Crianças. Ensino de Física.

Resumo

A disciplina de Física no Ensino Médio e no Ensino Superior apresenta conteúdos muito extensos, não raro exigindo base matemática muito elevada. O uso de vetores é, entretanto, pouco desenvolvido. Neste trabalho introduzimos o conceito de Vetores, em particular a decomposição de vetores, com o objetivo de preparar o aluno para disciplinas que exigem aprofundamento relacionado ao tema dos vetores.

Para atingir o objetivo mencionado, partimos das ideias de Mathew Lipman e David Ausubel, sintetizadas em Silva Filho e Ferreira (2018).

Lipman, criador do programa de Filosofia para Crianças. Esta abordagem se fundamenta na construção de diálogos filosóficos que estimulem o pensar crítico das crianças e adolescentes. Sua característica fundamental é a valorização do pensamento crítico, capacidade de expressar os conceitos com as próprias palavras, pensamento cuidadoso e bem fundamentado, de modo a permitir ao aluno interpretar situações do cotidiano, relacionando o crescimento tanto pessoal quanto interpessoal em âmbito investigativo. De fato, Lipman (2001) defende que o raciocínio é fundamental para o desenvolvimento da ética, no sentido de facultar ao aluno encontrar relações entre seu conhecimento e a experiência, descobrir alternativas de ação, justificar crenças, substanciar a generalização e/ou o reconhecimento de casos não generalizáveis. Lipman (2001) afirma que seu programa de Filosofia para Crianças incentiva as crianças a pensarem por si mesmas e as ajudará a descobrirem os rudimentos de sua própria Filosofia de vida. Fazendo isso, ajudará a desenvolverem um senso mais concreto de suas próprias vidas. (LIPMAN, 2001).

Para David Ausubel, a aprendizagem deve ser significativa, implicando que o conhecimento adquirido não o seja de forma arbitrária, mas ancorado (subsumido) na estrutura cognitiva dos aprendizes através de conceitos chamados subsunçores. Assim como a abordagem de Lipman, a Aprendizagem Significativa de Ausubel é uma representante do cognitivismo (MOREIRA;MASINI, 2016).

Os conhecimentos prévios dos aprendizes, chamados subsunçores, devem ser levantados por questionários ou outra ferramenta capaz de fazê-lo, pois seu conhecimento é crucial para o desenvolvimento de aprendizagem significativa. Uma vez de posse do conjunto de subsunçores apresentados pela turma, faz-se necessário desenvolver os organizadores prévios ”“ técnicas capazes de movimentar os subsunçores de modo a colocá-los em condição de concretamente ancorar o aprendizado subsequente.

Como mostrado em Silva Filho e Ferreira (2018), é possível uma síntese suave entre a abordagem descritivo-psicológica de Ausubel e aquela axiológico-educacional de Lipman. Esta última permite construir uma ponte entre as descobertas da psicologia cognitiva de Ausubel e o contexto concreto de sala de aula.

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Biografia do Autor

Olavo Leopoldino da Silva Filho, Universidade de Brasília

imagem2.jpg INSTITUTO DE FÍSICA, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.

  • Formação: Dr. em Física, Mestre em Física, Mestre em Filosofia, Bacharel em Física, Matemática, Ciências da Computação e Filosofia.
  • Interesses: História da Física, Filosofia da Física, Ensino de física, Fundamentos de Mecânica Quântica.
  • Atuação Profissional: Professor Associado do Instituto de Física da Universidade de Brasília - UnB
  • Membro efetivo do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), Pólo 01
  • Coordenador de Licenciatura em Física - Instituto de Física, Universidade de Brasília - Universidade Aberta do Brasil (UAB)

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Publicado

2019-07-06

Como Citar

FREITAS, A.; SILVA FILHO, O. L. da; FERREIRA, M. Ensinando Vetores Para o 1º Ano do Ensino Médio: proposta de Ensino Investigativo com o uso do experimento “Roda de Vetores”. Revista do Professor de Física, [S. l.], v. 3, n. Especial, p. 35–36, 2019. DOI: 10.26512/rpf.v3iEspecial.25866. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rpf/article/view/25866. Acesso em: 1 out. 2023.

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