A temática ambiental na educação científica segundo as políticas curriculares oficiais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v13i25.3379Palavras-chave:
Parâmetros curriculares nacionais;, Ensino de ciências;, Meio AmbienteResumo
Este artigo tem como objetivo analisar a abordagem da temática ambiental indicada para o ensino de Ciências pelas políticas curriculares oficiais do Brasil. Situa a reformulação curricular nacional implementada na década de 1990 no contexto das políticas públicas educacionais, associando-as à orientação neoliberal das reformas implementadas na contemporaneidade brasileira. Identifica e discute as concepções de Meio Ambiente e Educação Ambiental contidas em diferentes documentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais, explicitando como tais parâmetros entendem a inserção da temática ambiental no currículo e ensino de Ciências. Analisa a relação estabelecida entre Educação Ambiental e ensino de Ciências segundo os referidos parâmetros, concluindo pela simplificação, antropocentrismo e utilitarismo na abordagem da temática ambiental no ensino de Ciências e pela fragmentação dos conteúdos dessa disciplina escolar.
Downloads
Referências
AMARAL, Ivan Amorosino do. Educação ambiental e ensino de ciências: uma história de contro-vérsias. Pro-Posições, Campinas, v. 12, n. 1 [34], p. 73-93, mar. 2001.
______. Currículo de ciências: das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação. In:BARRETTO, Elba Siqueira de Sá (Org.). Os currículos do ensino fundamental para as escolasbrasileiras. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 201-232.
______. Em busca da planetização:do ensino de Ciências para a Educação Ambiental. 1995. 434f.Tese (doutorado), Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP,Brasil.
BONAMINO, Alicia; MARTÃNEZ, Silvia Alícia. Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionaispara o Ensino Fundamental: a participação das instâncias políticas do Estado. Educação eSociedade, Campinas, v. 23, n. 80, p. 371-388, set. 2002.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1988.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 dez. 1996. DiárioOficial da União, Brasília, 23 dez. 1996, p. 27.894.
______. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais ”“ terceiro equarto ciclos do ensino fundamental:documento introdutório. Brasília: SEF/MEC, 1998a.
______. Parâmetros Curriculares Nacionais ”“ terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental:apresentação dos temas transversais. Brasília: SEF/MEC, 1998b.
______. Parâmetros Curriculares Nacionais ”“ terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental:ciências naturais. Brasília: SEF/MEC, 1998c.
BRÜGGER, Paula. Educação ou adestramento ambiental?2. ed. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1999.
CABRAL, Maria Conceição Rosa. O Paradigma Mecanicista e a Educação Ambiental nas diretrizescurriculares de Ciências do Estado do Pará. 2000. 120f. Dissertação (mestrado), Faculdade deEducação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
CARVALHO, Isabel C. de Moura. Educação ambiental:a formação do sujeito ecológico. São Paulo:Cortez, 2004.
CHINEN, Jorge. O ambiente e o ensino de ciências:a fala do professor como um dos elementosde sua formação continuada. 1999. 231f. Dissertação (mestrado), Faculdade de Educação.Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
FRACALANZA, Dorotea C. Crise ambiental e ensino de ecologia:o conflito na relação homem-mundo natural. 1992. 314f. Tese (doutorado), Faculdade de Educação, Universidade Estadual deCampinas, Campinas, SP, Brasil.
GRÜN, Mauro. Ética e Educação Ambiental:a conexão necessária. 5. ed. Campinas: Papirus,2002.
LIMA, Gustavo F. da Costa. Questão ambiental e educação: contribuições para o debate. Ambiente& Sociedade, Campinas, ano II, n. 5, p. 135-153, 1999.
MOREIRA, Antonio F. Barbosa. Os Parâmetros Curriculares Nacionais mais uma vez em questão.In: BICUDO, Maria A. Viggiani; SILVA JÚNIOR, Celestino A. (Orgs.). Formação do educador:dever do estado, tarefa da universidade. São Paulo: EdUnesp, 1996. p. 97-110.
POPKEWITZ, Thomas S. Reforma, conhecimento pedagógico e administração social da individualidade: a educação escolar como efeito do poder. In: IMBERNÓN, Francisco. A educação noséculo XXI:os desafios do futuro imediato. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 141- 169.
REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
______. O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 1998.
SANTOS, Lucíola L. de C. Paixão. Políticas públicas para o ensino fundamental: ParâmetrosCurriculares Nacionais e Sistema Nacional de Avaliação (Saeb). Educação e Sociedade, Campinas,v. 23, n. 80, p. 349-370, set. 2002.
SATO, Michèle. Educação ambiental. São Carlos: Rima, 2003.
______. Dialogando saberes na Educação Ambiental. In: Encontro Paraibano de EducaçãoAmbiental”“ Novos Tempos, 08-10 de novembro, 2000. Anais, seção “palestras”. João Pessoa:REA/PB & UFPB, 2000. P. 1-11.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A ‘nova’ direita e as transformações na pedagogia da política e na política da pedagogia. In: ______; GENTILI, Pablo A. A. (Orgs.). Neoliberalismo, qualidade total eeducação:visões críticas. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 9-29.
SOARES, Míriam Ester. Concepções de ambiente e educação ambiental em professores de ciências: múltiplos significados? 1998. 179f. Dissertação (mestrado), Faculdade de Educação, UniversidadeFederal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
UNESCO. La educación ambiental:las grandes orientaciones de la Conferencia de Tbilisi. Paris:ONU, 1980.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Linhas Críticas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.