Concepções pedagógicas hegemônicas e pedagogia histórico-crítica: em questão a formação de professores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc29202348021

Palavras-chave:

Neoliberalismo, Educação Escolar, Concepções Pedagógicas Hegemônicas, Pedagogia Histórico-Crítica

Resumo

Procura-se analisar a formação de professores influenciada por determinadas concepções pedagógicas hegemônicas na relação entre o status quo histórico-social e a educação escolar. Neste exame crítico optou-se, via pesquisa teórico-bibliográfica, recorrer a pressupostos da concepção dialética da história em consonância com a pedagogia histórico-crítica. A formação de professores, à luz das concepções pedagógicas hegemônicas, corrobora para um estatuto flexível e volátil do professor. Adverte-se para a crítica, elucidada pelo esforço coletivo de elaboração da pedagogia histórico-crítica, a tais concepções pedagógicas hegemônicas e para efetivação de proposições para a formação de professores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Matheus Bernardo Silva, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil

Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2018). Professor no Programa de Pós-Graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Formação Humana e Prática Pedagógica. E-mail: matheusbernardo25@gmail.com

Referências

Anderson, P. (1999). As origens da pós-modernidade. Zahar.

Antunes, R. (2005). Trabalho e superfluidade. Em J. C. Lombardi, D. Saviani & J. L. Sanfelice (Orgs.). Capitalismo, trabalho e educação (3. ed. pp. 35-44). Autores Associados.

Antunes, R., & Pinto, G. A. (2017). A fábrica da educação: da especialização taylorista à flexibilização toyotista. Cortez.

Bernardo Silva, M. (2021). Elementos teórico-metodológicos para a formação de professores na perspectiva da educação popular. EccoS: Revista Científica, 59(e115792). https://doi.org/10.5585/eccos.n59.11579

Butler, J. (2022). A vida psíquica do poder: teorias da sujeição (1. ed. 6. reimpr.). Autêntica.

Coutinho, C. N. (2017). O estruturalismo e a miséria da razão (1. ed. 2. reimpr.). Expressão Popular.

Duarte, N. (2011). Vigotski e o “aprender a aprender”: crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana (5. ed. rev.). Autores Associados.

Duarte, N. (2013). A individualidade para si: uma contribuição a uma teoria histórico-crítica da formação do indivíduo (3. ed. rev.). Autores Associados.

Duarte, N. (2016). Os conteúdos escolares e a ressurreição dos mortos: contribuição à teoria histórico-crítica do currículo. Autores Associados.

Duarte, N. (2020). “Um montão de amontoado de muita coisa escrita”: sobre o alvo oculto dos ataques obscurantistas ao currículo escolar. Em J. Malanchen, N. S. D. Matos & P. J. Orso (Orgs.). A pedagogia histórico-crítica, as políticas educacionais e a Base Nacional Comum Curricular (pp. 31-46). Autores Associados.

Duarte, N. (2021). O currículo em tempos de obscurantismo beligerante. Em D. Saviani, & N. Duarte. Conhecimento escolar e luta de classes: a pedagogia histórico-crítica contra a barbárie (pp. 87-102). Autores Associados.

Dunker, C. (2022). Subjetividade em tempos de pós-verdade. Em C. Dunker (Org.). Ética e pós-verdade (1. ed. 6. reimpr. pp. 07-37.). Dublinense.

Eagleton, T. (2019). Ideologia: uma introdução (2. ed.). Boitempo.

Frigotto, G. (2018). Prefácio. Em J. Magalhães et al. (Orgs.). Trabalho docente sob fogo cruzado (pp. v-xiii). Gramma.

Frizzo, G. (2023). Negacionismo e ideologia: a atividade teórica nos processos de consciência. Trabalho Necessário, 21(44). 01-22. https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/57641

Galvão, A. C., Lavoura, T. N., & Martins, L. M. (2019). Fundamentos da didática histórico-crítica. Autores Associados.

Grespan, J. (2022). Marx: uma introdução (1. ed. 4. reimpr.). Boitempo.

Harvey, D. (2014). O neoliberalismo: história e implicações (5. ed.). Edições Loyola.

Harvey, D. (2021). A loucura da razão econômica: Marx e o capital no século XXI (1. ed. 3. reimpr.). Boitempo.

Konder, L. (2020). A questão da ideologia. Expressão Popular.

Kuenzer, A. Z. (2005). Exclusão includente e inclusão excludente: a nova forma de dualidade estrutural que objetiva as novas relações entre educação e trabalho. Em J. C. Lombardi, D. Saviani & J. L. Sanfelice (Orgs.). Capitalismo, trabalho e educação (3. ed. pp. 77-95). Autores Associados.

Lavoura, T. N. & Galvão, A. C. (2021). Fundamentos da didática histórico-crítica: superando limites e recolocando desafios. Em A. C. Galvão, C. L. Santos Júnior, L. Q. Costa & T. N. Lavoura. (Orgs.). Pedagogia histórico-crítica: 40 anos de luta por escola e democracia (v. I. pp. 07-18). Autores Associados.

Leher, R. & Santos, M. R. S. (2023). Governo Bolsonaro e autocracia burguesa: expressões neofacistas no capitalismo dependente. Em R. Leher (Org.). Educação no governo Bolsonaro: inventário da devastação. (pp. 09-42). Expressão Popular.

Lyotard, J. F. (2015). A condição pós-moderna (16. ed.). José Olympio.

Markovits, D. (2021). A cilada da meritocracia: como um mito fundamental da sociedade alimenta a desigualdade, destrói a classe média e consome a elite. Intrínseca.

Martins, L. M. (2013). O desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica. Autores Associados.

Mascaro, A. L. (2022). Estado e forma política (1. ed. 8. reimpr.). Boitempo.

Oliveira, D. A. (2019). A profissão docente no contexto da Nova Gestão Pública no Brasil. Em D. A. Oliveira, L. M. Carvalho, L. Le Vasseur, L. Min & R. Normand. (Orgs.). Políticas educacionais e a reestrutura da profissão do educador: perspectivas globais e comparativas (pp. 271-300). Vozes.

Paulo Netto, J. (2017). Uma fase contemporânea da ofensiva neoliberal. Em M. Braz (Org.). Ensaios de uma marxista sem repouso (pp. 56-88). Cortez.

Pereira, J. M. M. (2010). O Banco Mundial como ator, político, intelectual e financeiro (1944-2008). Civilização Brasileira.

Rocha, J. C. C. (2021). Guerra cultural e retórica do ódio: crônicas de um Brasil pós-político (1. ed. 2. reimpr.). Editora e Livraria Caminhos.

Shiroma, E. O., Moraes, M. C. M., Evangelista, O. (2011). Política educacional. (4. ed. 1. reimpr.) Lamparina.

Saviani, D. (2012). Educação brasileira: estrutura e sistema. (11. ed.). Autores Associados.

Saviani, D. (2013). Educação: do senso comum à consciência filosófica. (19. ed.). Autores Associados.

Saviani, D. (2016). Prefácio. Em J. S. Almeida. A formação de professores em São Paulo (1846-1996): a prática de ensino em questão (pp. ix-xiv). Autores Associados.

Saviani, D. (2019). Pedagogia histórico-crítica, quadragésimo ano: novas aproximações. Autores Associados.

Saviani, D. (2021a). Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações (12. ed.). Autores Associados.

Saviani, D. (2021b). História das ideias pedagógicas no Brasil (6. ed. rev. ampl.). Autores Associados.

Saviani, D. (2021c). A pedagogia no Brasil: história e teoria (3. ed.). Autores Associados.

Saviani, D. (2021d). Entrevista com o professor Dermeval Saviani: pedagogia histórico-crítica na atualidade. Em D. Saviani & N. Duarte. Conhecimento escolar e luta de classes: a pedagogia histórico-crítica contra a barbárie (pp. 65-86). Autores Associados.

Saviani, D. (2021e). Pedagogia histórico-crítica, 40 anos: balanço e perspectivas. Em A. C. Galvão, C. L. Santos Júnior, L. Q. Costa & T. N. Lavoura. (Orgs.). Pedagogia histórico-crítica: 40 anos de luta por escola e democracia (v. I. pp. 113-133). Autores Associados.

Schwarz, R. (2022). O pai de família e outros estudos (1. ed. 1. reimpr.). Companhia das Letras.

Silva, K. A. C. P. C. (2018). Epistemologia da práxis na formação de professores: perspectiva crítico-emancipadora. Mercado de Letras.

Sousa, J. F. A. (2018). Referencial teórico e formação de professores: uma análise necessária. Em N. S. D. Matos, J. F. A. Sousa & J. C. Silva (Orgs.). Pedagogia histórico-crítica: revolução e formação de professores (pp. 37-52). Armazém do Ipê.

Souza, P. H. C. (2018). Uma história da desigualdade: a concentração da renda entre os ricos no Brasil, 1926-2013. Hucitec.

Teixeira, L. (2013). Pedagogia histórico-crítica: contribuições para a superação do conhecimento tácito na formação de professores. Em A. C. G. Marsiglia. (Org.). Infância e pedagogia histórico-crítica (pp. 17-34). Autores Associados.

Downloads

Publicado

19.06.2023

Como Citar

Bernardo Silva, M. (2023). Concepções pedagógicas hegemônicas e pedagogia histórico-crítica: em questão a formação de professores. Linhas Crí­ticas, 29, e48021. https://doi.org/10.26512/lc29202348021

Edição

Seção

Artigos