Extensão universitária no cárcere como uma experiência de pedagogia feminista anticolonial

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/insurgncia.v3i2.19729

Palabras clave:

Extensão. Encarceramento feminino. Mulheres negras. Outro colonial.

Resumen

Considerando o contexto atual da educação superior pública brasileira após mais de uma década de ações afirmativas para pessoas negras, faz-se necessário pensar o impacto epistêmico de suas novas conformações, especificamente sobre a extensão universitária. A partir de cenas de uma experiência extensionista na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, promovida pelo PET Direito UnB em 2014, o artigo se propõe a pensar a reinscrição e os deslizamentos de dinâmicas de violência e colonialidade nas práticas da extensão, a partir da perspectiva da pedagogia feminista anticolonial aliada à epistemologia feminista negra.

Biografía del autor/a

Juliana Araújo Lopes, Universidade de Brasília

Estudante de Graduação em Direito na Universidade de Brasília

Camila Cardoso de Mello Prando, Universidade de Brasília

Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília

Thalita Najara da Silva Santos, Universidade de Brasília

Estudante de Graduação em Direito na Universidade de Brasília

Citas

BONILLA-SILVA, Eduardo. The invisible weight of whiteness: the racial grammar of everyday life in contemporary America. Ethnic and Racial Studies. Vol. 35, n.2, feb.2012, p. 173-194.
BRAGA, Ana Gabriela Mendes. Universidade e Prisão: inspirações teóricas e experiências referências. Revista Jurídica da Presidência. Brasília. v. 16 n. 109. Jun/Set 2014.
BUCK-MORSS, Susan. Hegel e Haiti. Trad. Sebastião Nascimento. In. “Novos Estudos”, 90, 2011.
CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo, 2005.
COLLINS, Patricia Hill. Apreendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. In: “Revista Sociedade e Estado”, Volume 31, Número 1, Janeiro/Abril, 2016.
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro. Ed. Civilização Brasileira. 1968.
. Black Feminist Thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. 2ed. New York. Routledge. 2000.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Tradução de Rosica Darcy de Oliveira. Prefácio de Jacques Chonchol. 7° ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Em: Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-244.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik; Tradução Adelaine La Guardia Resende ... [et all]. 2ª ed. Belo Horizonte: UFMG, 2013.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade; tradução de Marcelo Brandão Cipolla. ­ São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
LOPES, Juliana. A casa grande togada: o STF e a dimensão epistêmica das ações afirmativas na UnB. Brasília, 2017. Disponível em: https://comparativeproject.com/2017/07/03/a-casa-grande-togada-o-stf-e-a-dimensao-epistemica-das-cotas-raciais-na-unb/. Acessado em: 30 de agosto de 2017.
MORAES, Carolina Rezende. A prática extensionista como possibilidade de resistência negra. IV SERNEGRA e II COPENE-CO. Brasília, 2015.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. Em: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino­americanas. Buenos Aires. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. 2005.
SANTOS, Tatiana Nascimento dos. Letramento e tradução no espelho de Oxum: teoria lésbica negra em auto/re/conhecimentos. Tese de doutorado no curso de pós-graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.
SEGATO, 2013. Las estructuras elementales de la violencia. 2. ed. Buenos Aires: Prometeo, 2013. v. 1. 264p .
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte. Editora UFMG. 2010.
QUIJANO, Anibal (2005) “Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina” In Lander, Edgardo (org.) A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Clacso, Consejo Latinoamericano de Ciências Sociales, Ciudad Autônoma de Buenos Aires. Argentina. Setembro.
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Decanato de Graduação. Análise do Sistema de Cotas Para Negros da Universidade de Brasília Período: 2º semestre de 2004 ao 1º semestre de 2013. Brasília, 2014.

Publicado

14.04.2018

Cómo citar

LOPES, Juliana Araújo; PRANDO, Camila Cardoso de Mello; SANTOS, Thalita Najara da Silva. Extensão universitária no cárcere como uma experiência de pedagogia feminista anticolonial. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgência: revista de derechos y movimientos sociales], Brasília, v. 3, n. 2, p. 373–393, 2018. DOI: 10.26512/insurgncia.v3i2.19729. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19729. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artículos similares

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.