Fico muito ansiosa: ansiedade, crenças e ações de uma aluna brasileira sobre a aprendizagem de inglês como língua estrangeira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rhla.v19i2.32810

Palavras-chave:

Ansiedade, Crenças, Ações, Aprendizagem, Língua Estrangeira, Língua Inglesa

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo investigar a ansiedade, crenças e ações de uma aluna brasileira de inglês como língua estrangeira (LE) a respeito de sua aprendizagem de inglês. Traçou-se dois objetivos específicos com o intuito de alcançar o objetivo geral: identificar a ansiedade, crenças e ações da participante sobre a língua inglesa e sua aprendizagem; e analisar as relações entre ansiedade, crenças e ações da participante. Esta é uma pesquisa qualitativa de cunho interpretativista com foco na abordagem contextual dos estudos de crenças, utilizando o método de estudo de caso intrínseco. Os resultados da pesquisa mostraram que a participante apresenta ansiedade ao fazer atividades orais em dupla, grupos menores ou com a turma inteira, em provas de produção e compreensão orais e tem medo de ser corrigida pelo professor na frente dos colegas. Apesar de seus medos, a participante acredita na eficácia de atividades orais em grupos ou duplas e no feedback corretivo para o desenvolvimento da aprendizagem da LE. Embora tenha essas crenças, ela age de maneira a evitar participar dessas tarefas orais, assim, não precisa falar ou ser corrigida pelo professor e, portanto, não se sentirá ansiosa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karolina Morais, Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF)

Possui graduação em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade de Brasília (2017) e graduação em Letras - Inglês pela Universidade de Brasília (2013). Atualmente é professora de inglês de educação básica na Secretaria de Educação do Distrito Federal. Tem experiência na área de ensino de inglês como língua estrangeira. É mestranda do programa de pós-graduação em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasilia (2019).

Yûki Mukai, Universidade de Brasília

Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) (2009) e mestre em Letras - Língua Japonesa - pela Universidade de São Paulo (USP) (2003). Realizou o doutorado-sanduíche na área de Pacific and Asian Studies na University of Victoria, Canadá (2008). Realizou, também, o pós-doutorado na área de Linguística Aplicada (estudos de crenças sobre o ensino-aprendizagem de japonês como LE) na Universidade de Brasília (2010-2011) e no Departamento de Estudos Asiáticos do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, Portugal (2013-2014). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB), coordenador adjunto do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do mesmo departamento, coordenador da Área de Japonês junto ao UnB Idiomas e presidente da Associação Brasileira de Estudos Japoneses no Brasil. Seus interesses em pesquisa direcionam-se às áreas de Linguística Aplicada (ensino-aprendizagem de LE/L2 e crenças dos alunos e professores), gramática pedagógica e ensino de língua japonesa como língua estrangeira. É o autor do livro "Wa e ga: as partículas gramaticais da língua japonesa" (Pontes, 2a edição ampliada, 2020) e de vários artigos e capítulos de livros nas áreas de Linguística Aplicada e Ensino de Língua Japonesa como LE. Em 2016, lançou o livro "Gramática da língua japonesa para falantes do português (Pontes, 3a edição, 2017).

Referências

ANDRÉ, M. E. D. A. Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus, 2012.

ARNOLD, J.; BROWN, H. D. A map of the terrain. In: ARNOLD, J. (Org.). Affect in language learning. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

BARCELOS, A. M. F. Metodologia de pesquisa das crenças sobre aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 71-92, 2001.

BARCELOS, A. M. F. Crenças sobre aprendizagem de línguas, Linguística Aplicada e ensino de línguas. Linguagem & Ensino, v. 7, n. 1, p. 123-156, 2004.

BARCELOS, A. M. F; VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. (Org.). Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas: Pontes Editores, 2006.

BARCELOS, A. M. F. Reflexões acerca da mudança de crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 7, n. 2, p. 111-138, 2007.

BARCELOS, A. M. F. Desvelando a relação entre crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas, emoções e identidades. In: GERHARDT, A. F. L. M.; AMORIM, M. A.; CARVALHO, A. M. (Org.). Linguística Aplicada e ensino: língua e literatura. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 153-186.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BATTISTELLA, T. R. Os efeitos das emoções no ensino-aprendizagem de inglês e na formação do futuro professor: uma análise com base no feedback corretivo oral. Revista Horizontes de Linguística Aplicada, ano 14, n. 2, p. 91-111, 2015.

CONCEIÇÃO, M. P. Vocabulário e consulta ao dicionário: analisando as relações entre experiências, crenças e ações na aprendizagem de LE. Belo Horizonte, MG, 2004, 287f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) ”“ Faculdade de Letras, Universidade de Minas Gerais.

CRESWELL, J. W. Research design: qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. 3. ed. Thousand Oaks, California: SAGE Publications, 2009.

GARDNER, R. C.; MACINTYRE, P. D. A student’s contribution to Second Language Learning: Part II, Affective Factors. Language Teaching, v. 26, p. 1-11, 1993.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

GREGERSEN, T.; MACINTYRE, P. D.; MEZA, M. D. The Motion of Emotion: Idiodynamic Case Studies of Learners’ Foreign Language Anxiety. The Modern Language Journal, v. 98, p. 574-588, 2014.

HORWITZ, E. K. Surveying students’ beliefs about language learning. In: WENDEN, A.; RUBIN, J. (Org.). Learner strategies in language learning. London: Prentice Hall International, 1987. p. 110-129.

HORWITZ, E. K.; Horwitz, M. B.; COPE, J. A. Foreign language classroom anxiety. The Modern Language Journal, v. 70, n. 2, p. 125-132, 1986.

KALAJA, P.; BARCELOS, A. M. F.; ARO, M.; ROUHOTIE-LYTHY, M. Key issues relevant to the studies to be reported: Beliefs, Agency and Identity. In: KALAJA, P.; BARCELOS, A. M. F.; ARO, M.; ROUHOTIE-LYTHY, M. (Org.) Beliefs, agency and identities in foreign language learning and teaching. United Kingdom: Palgrave Macmillan, 2016. p. 8-23.

KALAJA, P.; DUFVA, H.; ALANEN, R. Experimenting with visual narratives. In: BARKHUIZEN, G. (Org.). Narrative research in applied linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2013. p. 105-131.

KRASHEN, S. D. Second Language Acquisition Theory. In.: KRASHEN, S. D. Principles and practice in second language acquisition. Oxford: Pergamon Press, 1982. p. 9-56.

KRASHEN, S. D. The input hypothesis: issues and implications. 4. ed. New York: Longman, 1985.

KRASHEN, S. D. Applying the comprehension hypothesis: some suggestions. International Journal of Language Teaching, v. 1, p. 21-29, 2004.

LARSEN-FREEMAN, D.; LONG, M. H. An introduction to second language acquisition research. Londres: Longman Group UK Limited, 1991.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MACINTYRE, P. D. An overview of language anxiety research and trends in its development. In: GKONOU, C.; DAUBNEY, M.; DEWAELE, J. M. (Org.). New insights into language anxiety: theory, research and educational implications. Bristol: Multilingual Matters, 2017.

MCCROSKEY, J. C. Oral communication apprehension: a summary of recent theory and research. Human communication research, v. 4, p. 78-96, 1977.

OXFORD, R. L. La ansiedad y el alumno de idiomas: nuevas ideas. In: ARNOLD, J. (Org.). La dimensión afectiva en el aprendizaje de idiomas. Traducción de Alejandro Valero. Madrid: Cambridge Universsity Press, 2000.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

RUBIO ALCALÁ, F. D. La ansiedade en el aprendizaje de idiomas. Huelva: Universidade de Huelva, 2004.

SANTOS, J. C. dos; BARCELOS, A. M. F. “Não sei de onde vem essa timidez, talvez um medo de parecer ridículo”: um estudo sobre a timidez e a produção oral de alunos de inglês. Revista Horizontes de Linguística Aplicada, ano 17, n. 2, p. 15-38, 2018.

STAKE, R. E. Qualitative case studies. In: DENZIN, N. K., LINCOLN, Y. S. (Org.). The SAGE Handbook of Qualitative Research. 3. ed. Sage Publications, 2005. p. 443-466.

VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. Metodologia na investigação das crenças. In: BARCELOS, A. M. F.; VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. (Org.). Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas: Pontes, 2006. p. 219-231.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2015.

Downloads

Publicado

2020-12-22

Como Citar

Morais, K., & Mukai, Y. (2020). Fico muito ansiosa: ansiedade, crenças e ações de uma aluna brasileira sobre a aprendizagem de inglês como língua estrangeira. Revista Horizontes De Linguistica Aplicada, 19(2), 175–202. https://doi.org/10.26512/rhla.v19i2.32810

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.