O Congresso da Mont Pélerin Society de 1947 e a consolidação de uma rede liberal no pós guerra
aspectos da crítica ao discurso universitário.
DOI :
https://doi.org/10.26512/rhh.v12i24.53055Mots-clés :
História Contemporânea, Neoliberalismo, Sociedade Mont Pèlerin, Thinktanks, Guerra FriaRésumé
O presente artigo se propõe a analisar algumas das dinâmicas intelectuais do campo liberal no pós-guerra que, em nossa hipótese, contribuíram para que certas concepções de universidade circulassem em conjunto com o corolário de visões políticas e econômicas posteriormente classificadas como neo-liberais. Nossa hipótese é de que é possível localizar, ainda no contexto de debate inicial das teses de autores como Mises e Hayek, uma disposição anti-institucional que se converte, a partir do exemplo da Mont Pèlerin Society, em 1947, no paradigma através do qual esses ideólogos elaborarão sua crítica à universidade dos anos 1950 e 1960, processo de crítica que é paralelo à sua própria canonização acadêmica. Para tanto, partimos de uma análise prosopográfica do Congresso de 1947, no intuito de elaborar um panorama, ou biografia coletiva, desses personagens. Em um segundo momento, analisamos quatro obras pontuais que, de dentro do campo liberal, propõe e põe em debate uma visão crítica da universidade e dos intelectuais de maneira ampla. Finalmente, conectamos essas reflexões com um debate mais amplo sobre o problema do anti-intelectualismo no pós-guerra e suas vinculações com o estatuto contemporâneo do debate sobre a universidade e seus críticos.
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