Poder e hegemonia acadêmica

existe “a tal” da História Econômica Regional?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rhh.v12i25.55577

Palavras-chave:

História Econômica, Poder Simbólico, Historiografia, Região

Resumo

Este artigo procura polemizar acerca de certa naturalização existente no campo da História, particularmente a Econômica, segundo a qual alguns trabalhos são classificados como trabalhos regionais, o que indica em certo critério de diferenciação, e outros não. Argumentamos que tal definição deriva de certo poder, derivado do exercício de certo capital simbólico emanado dos grandes centros de pesquisa sediados, sobretudo, no Rio de Janeiro e São Paulo, num momento em que concentravam os maiores programas de pós-graduação em História no país.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alcides Goularti Filho, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica - ABPHE (2019-2021). Professor Visitante da Universitat d'Alacant (2020), Universidad de Entre Ríos (2023) e Universidad de Sevilla (2023). Possui graduação em Economia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (1991), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Pós-doutorado pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (2018). Professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense do Curso de Economia e do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS). Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação do CEIS20 da Universidade de Coimbra onde é membro do Grupo 1 - História, Memória, Políticas Públicas. Colaborador Externo do Instituto Universitario de Estudios Sociales de América Latina (IUESAL) da Universitat d'Alacant. Vice-Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE) 2017-2019. Secretário da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE) no período 2009-2013. Presidente da Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) no período 2007-2010. Editor das revistas História Econômica História de Empresas e Revista Catarinense de Economia. Membro da Asociación de Historiadores Latinoamericanistas Europeos (AHILA). Tem experiência na área de Economia, Geografia e História, com ênfase em História Econômica, História de Empresas e História Econômica Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado e planejamento, Santa Catarina, economia regional, história econômica regional, transportes, comunicações, construção naval e marinha mercante. Autor do livro Formação Econômica de Santa Catarina, 1 edição de 2002, 2 edição de 2007 e 3 edição de 2016 (Editora da UFSC); Portos, ferrovias e navegação em Santa Catarina, 2013 (Editora da UFSC); Caminhos, estradas e rodovias em Santa Catarina, 2022 (HUCITEC). Organizou e coordenou simpósios temáticos no CLADHE (Congresso Latino Americano de História Econômica) em Montevidéu/2007, Cidade do México/2010, Bariloche/2012, Bogotá/2014, São Paulo/2016 e Santiago/2019 e no congresso da AHILA em Valência/2017 e Paris/2021

Rogério Naques Faleiros, UFES

Possui Graduação (Bacharelado e Licenciatura) em História pela Universidade Estadual Paulista (1999), Mestrado em História Econômica (2002) e Doutorado (2007) em Economia Aplicada (área de concentração em História Econômica), ambos pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É Professor Associado IV do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e do Programa de Pós-Graduação em Política Social. Exerceu o cargo de Diretor do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas CCJE-UFES entre 2013 e 2020, e de Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, entre 2020 e 2023). Desenvolveu estágio de pós-doutoramento na Lingnan Universitty, Hong Kong, China, sob orientação da Professora Lau Kin Chi, entre 2023 e 2024, com o tema "Desenvolvimento Econômico, Políticas Públicas e Pobreza. The Urban and Rural Dibao na China Contemporânea: (1999-2019)", no âmbito do PRINT/CAPES, no Projeto de Colaboração Internacional Estudos Comparados em Políticas Públicas e Desenvolvimento. Atualmente vincula-se ao Grupo de Trabalho "Crisis e Economia Mundial", vinculado à CLACSO e é membro fundador da Global University for Sustainability, grupo que reúne intelectuais e pesquisadores de todo o mundo.

Referências

ABREU, Capistrano. Caminhos antigos e povoamento do Brasil. São Paulo: Editora da USP, 1988.

ALBUQUERQUE JÚNIOR. Duval Muniz de. O objeto em fuga: algumas reflexões em torno do conceito de Região. Fronteiras, Dourados, MS, v. 10, n. 17, p. 55-67, jan./jun. 2008.

BOURDIEU, Pierre. 2. Ed. O Poder Simbólico. Portugal: Edições 70, 2011.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Curricular Comum. História. 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Acesso em 18 de julho de 2023.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo: colônia. São Paulo: Brasiliense, 1996.

REVEL, Jacques. (org). Jogos de escala: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998.

VEYNE, Paul. (4. ed.) Como se escreve a História; Foucault revoluciona a História. Brasília: Editora da UnB, 1998.

Downloads

Publicado

2024-11-08

Como Citar

Goularti Filho, A., & Naques Faleiros, R. (2024). Poder e hegemonia acadêmica: existe “a tal” da História Econômica Regional?. História, histórias, 12(25). https://doi.org/10.26512/rhh.v12i25.55577

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.