Transferências e circulações culturais
Alemanha e França na tradição literária e política do século XIX brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i22.19829Palavras-chave:
Literatura (século XIX). Intelectuais. Poder.Resumo
Na história do pensamento brasileiro são frequentes os empréstimos e transferências de idéias, conceitos, paradigmas estéticos e políticos resultantes da influência estrangeira. No contexto do século XIX dois movimentos realizaram uma transferência de bens culturais da Europa (especialmente a França e Alemanha) constituindo uma crítica ao Império, Ã s escolas literárias predominantes e a identidade nacional: o condoreirismo da Escola do Recife e o simbolismo. Partimos dessas duas "escolas" literárias para compreender a forma com que se posicionaram como reação ao clima "hegemônico" das idéias, através do "deslizamento" que a estética aliada a uma projeção política pode lhes proporcionar. De certa forma, uma reação que caminha marginalmente, e nesse sentido como movimentos estético-literários, foram a tentativa de construção de um lugar para se pensar o próprio caráter da literatura nacional e propor bases para propor não apenas uma nova mas uma outra literatura.
Downloads
Referências
ALONSO, Angela. Idéias em movimento: a geração de 1870 e a crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
_______________. Joaquim Nabuco: os salões e as ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
BALHANA, Altiva Pilati et alii. História do Paraná. Curitiba: Grafipar, 1969.
BALLÃO, Jayme. A Nova Administração. Diário da Tarde, 16 de fevereiro de 1912.
BARRETO, Tobias. Crítica Literária. Brasília: instituto Nacional do Livro/MEC, 1978.
_______________. Monografias em alemão. São Paulo: Record, 1990.
_______________. Obras completas. Vol. 9: “Questões vigentes” (philosophia e direito). Edição do Estado de Sergipe, 1926.
BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Trad. Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 114-115.
BEGA, Maria Tarcisa Silva. Sonho e invenção do Paraná: geração simbolista e a construção de identidade regional. Tese de doutorado em sociologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2001.
BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
CALAFATE, Pedro. O pensamento filosófico de Tobias Barreto. Revista de Hispanismo Filosófico. N. 2, 1997, p. 37-48.
CARVALHO, José Mauricio de. O tema da cultura na filosofia brasileira. Utopía y práxis Latinoamericana. Ano 7, n. 17, junho de 2002.
__________________. A construção da ordem: a elite política imperial. Teatro das sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CESAR, Braulio. Curitiba Progride.... Diário da Tarde, 06 de janeiro de 1912.
CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CORDEIRO, Celeste. Antigos e Modernos no Ceará Provincial. São Paulo: Annablume, 1997.
COSTA, João Cruz. “O pensamento brasileiro sob o Império”. In: HOLLANDA, Sérgio Buarque de (dir.). O Brasil monárquico. Vol. 3: Reações e transações. 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
COSTA, Wilma Peres. “Viagens e peregrinações: a trajetória de intelectuais de dois mundos”. In: BASTOS, Elide Rugai; RIDENTI, Marcelo; ROLLAND, Denis (Org.). Intelectuais, sociedade e política. São Paulo: Cortez, 2003.
ELIAS, Norbert. Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.
FILHO, Evaristo de Moraes. Medo à Utopia: o pensamento social de Tobias Barreto e Sílvio Romero. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 1985.
GAHYVA, Helga. Brasil, o país do futuro: uma aposta de Arthur de Gobineau? Alceu, vol. 07, n. 14, jan./jun. 2007, p. 152-159.
GOMES, Angela de Castro. História e historiadores: a política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1996.
GUIMARÃES, Manoel Luís Salgado. Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico Nacional. Rio de Janeiro: Estudos Históricos, n. 1, 1988.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 29 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
JUNIOR, Celestino. A Blague. Diário da Tarde, 10 de janeiro de 1912, p. 01.
JUNIOR, Rodrigo; PLAISANT, Alcebíades. Antologia Paranaense. 1938.
LIMA, Hermes. Tobias Barreto (a época e o homem). 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1957.
MARTINS, Romário. Limites entre os estados do Paraná e Sta. Catharina. Vol. 01: Documentos. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Commercio, 1915.
MENDONÇA, Joseli Maria Nunes. Evaristo de Morães: justiça e política nas arenas republicanas (1887-1939). Tese de doutorado em História. Campinas: Unicamp, 2004.
ORTIZ, Renato. Cultura brasileira & identidade nacional. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.
PERNETA, Emiliano. Literatura no Paraná em 1890. Revista do Club Curitibano, 1898.
POMBO, José Francisco da Rocha. O Paraná no Centenário. 1500-1900. Rio de Janeiro: Typ. Leuzinger, 1900.
RAMA, Angel. A cidade das letras. São Paulo: Brasiliense, 1985.
LEITE, Adriana Filgueira. O lugar: duas acepções geográficas. Anuário do Instituto de Geociências. UFRJ, vol. 21, 1998.
ROMERO, Silvio. “Explicações indispensáveis”. In: BARRETO, Tobias. Obras completas. Vol. X: Vários escriptos. Sergipe: Edição do Estado do Sergipe, 1926.
SILVA, Raphael Frederico da. A “moléstia da cor”: a construção da identidade social de Lima Barreto .(1881-1922). Dissertação de Mestrado em História. Campinas: UNICAMP, 2002.
SILVEIRA, Tasso. Literatura paranaense ”“ Notícia Histórica. Álbum do Centenário. 1953.
SILVIUS. Nas regiões do ensino. Diário da Tarde, 31 de janeiro de 1912a.
________. Nas regiões do ensino. Diário da Tarde, 01 de fevereiro de 1912b.
SOUZA, Ricardo Luiz. Método, raça e identidade nacional em Sílvio Romero. Revista de História Regional. Vol. 9, n. 1, 2004, p. 9-30.
TRINDADE, Etelvina Maria de Castro; ANDREAZZA, Maria Luiza. Cultura e educação no Paraná. Curitiba: SEED, 2001.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983.
VELLOZO, Dario. A literatura no Paraná. Revista do Club Coritibano. 1895.
_______________. Esmerilhos ”“ literatura no Paraná. Revista do Club Coritibano. Nos. 04 e 06 de 1896.
_______________. Pela literatura. Revista do Club Coritibano. N. 08 de 1894.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License , licença que permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).