The apparatus of things

archaeology and the political uses of the past in late 19th century Amazon

Authors

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i38.34606

Keywords:

Amazon. History. Archaeology.

Abstract

At the end of the last decade of the 19th century, “Guyana Brazileira”, currently Amapá, there was a selective search and exploration of archaeological materials. In the scope of these searches, urns and ceramic vases from the pre-colonial indigenous of the region were transformed into objects of the Museum of Natural History and Ethnography of Pará, directed by the naturalist Emílio Goeldi. I present an analysis of the pieces, a reading the sources that constituted documents incorporated by Goeldi and his collaborators in these explorations, and dialogue with the historiographies involved in these studies. Reflects on issues that can highlight the character of the scientific, cultural and historical practices of that moment. Thus, I follow the argument is in this last decade of the 19th century, that there is a recurrence of elaborations on narratives of archaeological circulations with scientific basis in an indigenous material aesthetic and listed in the model of the western past for the Amazon.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras. 2019.

BARRETO, Cristina., LIMA, Helena., & BETANCOURT, Carla Jaimes. (Orgs.). Cerâmicas arqueológicas da Amazônia: rumo a uma nova síntese. Belém: Instituto do Patrimônio Histórico do Pará/ Museu Paraense Emílio Goeldi. 2016.

BENJAMIN, Walter. Mágia e Técnica, Arte e Política. Traduzido por Paulo Sérgio Rouanet. (Obras Escolhidas; v. I). São Paulo: Brasiliense, 1987.

BEZERRA, Márcia. Teto e Afeto: sobre as pessoas, as coisas e a arqueologia na Amazônia. Belém: GK Noronha, 2017.

BEZERRA, Márcia. O machado que vaza ou algumas notas sobre as pessoas e as superfícies do passado presente na Amazônia. Vestígios Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica. Belo Horizonte, v. 12, n. 2, p 51-58, jul./dez. 2018.

BURKE, Peter. Testemunha Ocular: História e Imagem. Sp., Ed. Edusc, 2004.

CABRAL, Mariana Petry. No tempo das pedras moles: arqueologia e simetria na floresta. (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Pará, Belém. 2014.

CABRAL, Mariana Petry. Entre passado e presente: arqueologia e coletivos. Teoria e sociedade. Belo Horizonte, v., 24, n. 2 p 76-91, 2016.

CALAZANS, Marília Oliveira. Os sambaquis e a arqueologia no Brasil do século XIX. Dissertação (Mestrado em História Social) ”“ Universidade de São Paulo, SP., 2016.

CARDOSO, Francinete do Socorro Santos. Entre conflitos, negociações e representações: O Contestado franco-brasileiro na última década do século XIX. Belém: UFPA, 2008.

CARMO DOS SANTOS, Queiton. O tempo e a arqueologia: uma narrativa científica sobre o passado na Amazônia por meio das coisas arqueológicas ao final do século XIX. Temporalidades Revista de História. Belo Horizonte, v. 11, n. 1 p. 84-99, jan/abril 2019.

FERREIRA, Lúcio Menezes. “Ordenar o Caos”: Emílio Goeldi e a arqueologia amazônica. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 4, n. 1 p. 71-91, jan/abr 2009.

FERREIRA, Lúcio Menezes. Território Primitivo: A institucionalização da Arqueologia no Brasil (1870-1917). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.

GOELDI, Emílio Augusto. III Relatorio sobre o estado do Museu Paraense: apresentado a S. Ex.ª o Sr. Governador do Estado do Pará, pelo Dr. Emílio Augusto Goeldi H. T. Director do mesmo museu. Boletim do Museu Paraense de Historia Natural e Ethnographia, Belém, v.1, n 4 p. 10-20, 1894/96.

GOELDI, Emílio. Excavações archeologicas em 1895. Executadas pelo Museu Paraense no Littoral da Guyana Brazileira entre Oyapock e Amazonas. 1ª Parte: As cavernas funerárias artificiaes de Ãndios hoje extinctos no Rio Cunany (Goanany) e sua ceramica. Belém: Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, (Memórias do Museu Goeldi, I). 1900i.

GOELDI, Emílio. O estado actual dos conhecimentos sobre os índios do Brasil, especialmente sobre os índios da foz do Amazonas no passado e no presente (Conferência Pública realizada no Museu Paraense em 7 de dezembro de 1896). Boletim do Museu Paraense de Historia Natural e Ethnographia, Belém, v. 2, n. 4. p. 397-417, 1898.

GUEDES, Aureliano Pinto de Lima. Relatório sobre uma missão etnográfica e arqueológica aos Rios Maracá e Anauerá-Pucu (Guiana Brasileira), realizada pelo Tenente-Coronel Aureliano Pinto de Lima Guedes. Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia, v. 2, n. 4 p. 42-63, 1897.

HABER, Alejandro. Interculturalidad epistémica y acción política en la arqueología poscolonial. In: Multivocalidad y activaciones patrimoniales en arqueología: perspectivas desde sudamérica. Editado por M. C. Rivolta, M. Montenegro, L. Ferreira, J., Nastri. Buenos Aires: Fundación de Historia Natural Félix de Azara, 2014. p. 47-65.

HODDER, Ian. The entanglements of Humans and Things: A Long- Term View. New Literary History, v. 45, n. 1 p. 19-36, 2014.

INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, ano 18, n. 29 p. 25-44, jan./jun. 2012.

KERN, Daniela. “Tirando o pó das Brazilian Antiquities: Charles Frederick Hartt relido por Anna Roosevelt”. Revista de História da Arte e Arqueologia, v. 1 p. 39-55, 2011.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-Rio, 2006.

LEITE, Lúcio Flávio Siqueira Costa. ‘Pedaços de pote’, ‘bonecos de barro’ e ‘encantados’ em Laranjal do Maracá, Mazagão, Amapá: perspectivas para uma arqueologia pública na Amazônia. (Dissertação de Mestrado). UFPA. Pará-Belém: 2014.

LEVY-BRUHL, Lucien. How Natives Think. Trans. L. A. Clare. Princeton, NJ: Princeton University Press. 1926. (1910 em Francês).

LINHARES, Anna Maria Alves. Um grego agora nu: índios marajoara e identidade nacional brasileira. (Tese de doutorado). Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.

MACHADO, Juliana Sales. Arqueologia e História nas construções de continuidade na Arqueologia Amazônica. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 4: 57-70. 2009.

MACHADO, Juliana Sales. Ilha de Caviana: Sobre as suas paisagens, tempos e transformações. Belém, Amazônica., Rev. Antropol., v., 6, n. 2 p. 283-313. 2014.

MELO, Josiane Martins. Objetos em Trânsito: A Musealização de Artefatos Arqueológicos no Museu Paraense Emílio Goeldi (1866-1907). (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.

MORAES, Irislane Pereira. Do tempo dos Pretos d’antes aos Povos do Aproaga: Patrimônio arqueológico e territorialidade quilombola no vale do Rio Capim. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Pará, Belém. 2012.

NEVES, Eduardo Góes. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.

PAZ, Adalberto. Além do equador, entre “hordas de selvagens”: frentes de ocupação, trabalho e redes de contatos no extremo norte amazônico oitocentista. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 16, n. 24, p. 9-29, jan.jun. 2015.

SANJAD, Nelson Rodrigues. A coruja de minerva: O museu paraense entre o império e a república: 1866-1907. (Tese doutorado). Casa Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2005.

SANJAD, Nelson Rodrigues & SILVA, João Batista Poça da. Três contribuições de Emílio Goeldi (1859-1917) Ã arqueologia e etnologia amazônica. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém,v. 4, n.2, p. 95-134, 2009.

SANTOS, Affonso José. Barão do Rio-Branco: Cadernos de notas a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901). Volume 1 (1895) “O Convite”. Brasília: FUNAG, 2017a.

SANTOS, Affonso José. Barão do Rio-Branco: Cadernos de notas a questão entre o Brasil e a França (maio de 1895 a abril de 1901). Volume 6., Anexos. Brasília: FUNAG, 2017b.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças ”“ cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SILVA, Fabíola Andrea. Aula Magna: Arqueologia como tradução do passado no presente. Amazônica. Revista de Antropologia, Belém, 3:260-267. 2011.

SILVA, Fabíola Andrea & GARCIA, Lorena. Território e Memória dos Asurini do Xingu: Arqueologia colaborativa na T. I. Kuatinemu. Amazônica., Rev. Antropol. Belém, v. 7, p. 74-99, 2015.

SILVEIRA, Mariana de Moraes. Juristas e a vida pública no Brasil: trajetórias no tempo. In: Do fake ao fato (des)atualizando Bolsonaro. Klem, B.; Perreira, M.; Araújo, V. (Orgs.). Vitória: Ed., Mil Fontes, 2020. p. 225-238.

TRIGGER, Bruce G. História do pensamento arqueológico. Tradução de Ordep Trindade Serra. São Paulo: Odysses Editora, 2004.

Published

2021-06-25

How to Cite

SANTOS, Queiton Carmo dos. The apparatus of things: archaeology and the political uses of the past in late 19th century Amazon. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 38, 2021. DOI: 10.26512/emtempos.v1i38.34606. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/34606. Acesso em: 14 may. 2024.

Similar Articles

<< < 1 2 3 4 5 6 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.