Eugenia em A Máquina do Tempo de H.G. Wells

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i38.36456

Palavras-chave:

Distopia. Ficção científica. Eugenia.

Resumo

O final do século XIX foi um período de contradição entre o otimismo intelectual quanto ao progresso teleológico da história e uma realidade social de desigualdade e miséria urbana. O escritor H.G. Wells se posicionava entre os dois lados, sendo um biólogo de formação e um ativista preocupado com as imensas dificuldades enfrentadas pela classe operária. Em sua obra A Máquina do Tempo (1895), essas preocupações se evidenciam quando o protagonista se depara com a sociedade do futuro: uma distopia onde a evolução da espécie humana, deixada à própria sorte, conduz à radicalização da desigualdade em duas espécies: os eloi e os morlocks. Dialogando com o gênero literário de utopia, o livro serve como veículo para que o autor critique seu contexto histórico e, então influenciado por Francis Galton e Thomas Huxley, deixe transparecer o que via como solução: o controle consciente do processo de evolução através da eugenia.

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Publicado

2021-06-25

Como Citar

RODRIGUES JUNIOR, Denis Marcio; SANT’ANNA, Daniele Ornaghi. Eugenia em A Máquina do Tempo de H.G. Wells. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 38, 2021. DOI: 10.26512/emtempos.v1i38.36456. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/36456. Acesso em: 4 out. 2024.