Colonialismo como laboratório

“A Batalha de Argel” e a tortura como projeto de controle político.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i37.34139

Palavras-chave:

Colonialismo. Repressão. Revolução.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo compreender como o colonialismo francês utilizou das práticas de tortura na Argélia como controle político através da análise do filme A Batalha de Argel dirigido por Gillo Pontecorvo. Desta forma, estabeleceremos conexões entre a repressão à luta pela independência, apoiado na ideologia da “guerra contrarrevolucionária” e os vínculos com os crimes contra a humanidade cometidos pelas ditaduras na América Latina. Por fim, analisaremos como as experiências de tortura na Argélia refletiram no Brasil através dos treinamentos das “Escolas de repressão francesa”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMNESTY INTERNATIONAL. Report on Allegations of Torture in Brazil. England, 1972.

ARAÚJO, Rodrigo Nabuco. A influência francesa dentro do exército brasileiro (1930 ”“ 1964): Declínio ou permanência? Esboços: história em contextos globais: Florianópolis, 2008.

______. A voz da Argélia. A propaganda revolucionária da Frente de Libertação Nacional argelina no Brasil. Independência nacional e revolução socialista. Estudos históricos. Vol 30, n 61. Rio de Janeiro, 2017.

BALANDIER, George. A Noção de Situação Colonial. Cadernos de Campo. Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade de São Paulo: São Paulo, 1993.

______. A situação colonial: uma abordagem teórica. Cadernos Ceru v. 25, n.1. São Paulo, 2014.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: ______. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.

______. Sobre o conceito da História. In: ______. O anjo da história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.

BOURDIEU, Pierre. A força da representação. In: ______. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: EDUSP, 1998.

DUARTE-PLON, Leneide. A tortura como arma da guerra. Da Argélia ao Brasil: como os militares franceses exportam os esquadrões da morte e o terrorismo de Estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

FANON, Franzt. Os condenados da terra. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 1968.

FIGUEIREDO, Lucas. Lugar nenhum: militares e civis na ocultação dos documentos da ditadura. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

GASPARI, Elio. A ditadura encurralada: o sacerdote e o feiticeiro. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX (1914 ”“ 1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

IZERROUGENE, Bouzid. Argélia: a tirania da identidade e a ascensão fundamentalista. Afro-Ásia, 1998.

PEIXOTO, Katarina. Gillo Pontecorvo e a atualidade de um dom. Crítica Marxista, São Paulo, v. 24, p. 2006.

QUADRAT, Samantha Viz. Ditadura, violência política e direitos humanos na Argentina, no Brasil e no Chile. In: AZEVEDO, Cecília (org.). História das Américas: novas perspectivas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.

SODRÉ, Nelson Werneck. Vida e Morte da Ditadura: 20 Anos de Autoritarismo no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1984.

TOMAIM, Cássio dos Santos. Cinema e Walter Benjamin: para uma vivência da descontinuidade. Estudos de Sociologia, Araquara, 2004.

TRINQUIER, Roger. Modern Warfare: a french view counterinusrgency. London: Pall Mass Press, 1964.

Downloads

Publicado

2020-12-03

Como Citar

RODRIGUES, Leonardo Bentes. Colonialismo como laboratório: “A Batalha de Argel” e a tortura como projeto de controle político. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 37, 2020. DOI: 10.26512/emtempos.v1i37.34139. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/34139. Acesso em: 18 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.