Um caminho de leitura em O Sonho de Um Homem Ridículo, de Fiódor Dostoiévski
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v31i58.42151Parole chiave:
Leitura, Enunciação, DostoiévskiAbstract
O contato com a literatura, como uma maneira de refletir sobre uma das diversas formas de linguagem e a psique humana, permite tanto a análise linguística, em sentido estrito, quanto às análises de significações e representações de um mundo criado pelo sujeito da enunciação. A fim de refletir sobre a peculiar forma de construção artística de Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski, este estudo visa a dar notoriedade à obra “O Sonho de Um Homem Ridículo” (1877), destacando as nuances sensíveis do texto e como o enunciador projetou, de forma profunda, os limites da razão e da fé. Para isso, contaremos com o arcabouço teórico da semiótica discursiva, bem como os estudos da enunciação de Benveniste e o desdobramento tensivo da teoria para evidenciar os gradientes passionais envolvidos no projeto enunciativo, compreender um caminho de leitura possível e as coerções que advém das marcas enunciativas. Essa atmosfera para análise do texto literário à luz da semiótica constitui, por conseguinte, um elogio da literatura e da capacidade de (re)significação do mundo (MARTINS, 2017).
Downloads
Riferimenti bibliografici
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do Discurso. Fundamentos semióticos. São Paulo: Atual, 1990.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria Semiótica do Texto. 4 ed. São Paulo: Ática, 2002.
BERTRAND, Denis. Caminhos da semiótica literária. Bauru, SP: EDUSC, 2003.
DISCINI, Norma. Intertextualidade e conto maravilhoso. 2 ed. São Paulo: Humanitas, 2004.
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Duas Narrativas Fantásticas: A dócil e O Sonho de um homem ridículo; tradução, prefácio e notas de Vadim Nikitin - São Paulo: Editora 34 (4ª. Edição), 2017.
ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, [1932] 1994.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1992.
FIORIN, José Luiz. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 2016.
GREIMAS & COURTÉS, Joseph. Dicionário de semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Contexto, 2008.
MANCINI, Renata. A tradução enquanto processo. Cad. Trad., Florianópolis,v. 40, n.3, 14 -33, set-dez, 2020.
MANGUEL, Alberto. Uma História da Leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
MARTINS, Geraldo Vicente. O último Greimas e o elogio da literatura. Estudos Semióticos. [On-line], volume 13, n. 2 (edição especial), p. 96–101. São Paulo, 2017.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. – 5ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, [1961] 2018.
MONTEIRO, Andreia Cardoso. VEDOVATO Luciana. Percurso Gerativo de Sentido nas Aulas de Leitura – Revista Trama – Volume 4 – Número 7- p. 21-32, 2008.
WUNENBURGER, Jean-Jacques. O imaginário. Trad. Maria Stela Gonçalves. Edições Loyola. São Paulo, 2007.
ZILBERBERG, Claude. Elementos de semiótica tensiva. Tradução de Ivã Carlos Lopes, Luiz Tatit e Waldir Beividas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2022 Revista Cerrados
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Proibida a reprodução parcial ou integral desta obra, por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem permissão expressa do editor (Lei n. 9.610 de 19/2/1998 )