O SENTIDO ORIGINÁRIO DA PALAVRA POÉTICA EM ÁGUA VIVA

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.26512/cerrados.v29i54.31165

Mots-clés :

Clarice Lispector; Água viva; Palavra poética; Filosofia.

Résumé

Este artigo tem como propósito estabelecer um diálogo entre a poesia e o pensamento filosófico, capaz de evocar a verdade da palavra e construir uma reaproximação com a linguagem, enaltecendo aquilo que há de poético e, portanto, originário nelas. Para isso, convida-se a prosa poética de Clarice Lispector em Água viva, e contribuições filosóficas de Martin Heidegger e Hans-Georg Gadamer, respectivamente, nas obras A caminho da linguagem (2011) e Arte y verdade de la palabra (1998). A partir de um entendimento da palavra poética e de uma experiência com a linguagem, no qual poesia e pensamento constroem um diálogo necessário, resulta um panorama sobre uma palavra cujo caráter é dizer mais e de forma genuína, permitindo a reconquista de uma força expressiva original da própria palavra.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Luciano da Silva Façanha, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Bacharel em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo e licenciado em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão. Atualmente atua na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), como professor Adjunto no Departamento de Filosofia (DEFIL); Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade - Mestrado Interdisciplinar (PGCult); Professor do quadro permanente do Mestrado em Cultura e Sociedade; Coordenador do DINTER em Filosofia USP/UFMA; e lider do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Jean-Jacques Rousseau UFMA (GEPI Rousseau UFMA), registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase no Pensamento do Século XVIII, atuando principalmente nos temas relacionados à estética do século XVIII, História da Filosofia Moderna, Iluminismo, problemas da linguagem na filosofia, História, Política, Ética, Filosofia e Literatura, Belas-Letras e Belas-Artes. Se dedica aos estudos do filósofos Jean-Jacques Rousseau, Diderot, Voltaire e Montesquieu; à filosofia contemporânea de Friedrich Nietzsche e a teoria crítica literária de Maurice Blanchot e Roland Barthes.

Márcia Manir Miguel Feitosa , Universidade Federal do Maranhão

Professora Titular do Departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão. Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1984), com Mestrado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (1992) e Doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (1997). Pós-Doutora com bolsa CAPES, pelo Programa Ciência sem Fronteiras, em Estudos Comparatistas na Universidade de Lisboa, sob a supervisão da Profa. Helena Carvalhão Buescu. Bolsista de Produtividade do CNPq. Docente permanente dos Programas de Mestrado em Letras, Linha de Pesquisa: Estudos Teóricos e Críticos em Literatura. e em Cultura e Sociedade da UFMA, Linha de Pesquisa: Expressões e Processos Socioculturais. Coordenadora do PROCAD-AM (PGCult) com a UEMA (São Luís) e a UESB (Vitória da Conquista). Líder do Grupo de Estudos de Paisagem em Literatura - GEPLIT. Vice-Líder do Grupo de Pesquisa em Estudos da Paisagem nas Literaturas de Língua Portuguesa. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Outras Literaturas Vernáculas, atuando, sobretudo, nos seguintes temas: literatura e paisagem, literatura portuguesa e africana de língua portuguesa, cultura, identidade, memória e exílio.

Jefferson Maciel Moraes Gomes , Universidade Federal do Maranhão

Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal do Maranhão (2015). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Maranhão (2018), na linha de pesquisa História, Epistemologia e Fenômenos Psicológicos, com a dissertação: PSICOLOGIA E LITERATURA: uma releitura hermenêutico-filosófica da subjetividade a partir da palavra poética

Références

CARVALHO, A. L. C. O fluxo de consciência como método ficcional. In: ______. Foco narrativo e fluxo de consciência. São Paulo: Editora Unesp, 2012. p. 57-79.

GADAMER, H. G. Arte y verdade de la palavra. Barcelona: Paidós Studio, 1998.

HEIDEGGER, M. A caminho da linguagem. Petropólis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2011.

LISPECTOR, C. Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.


______. Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999(a).


______. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999(b).


______. Um sopro de vida (pulsações). Rio de Janeiro: Rocco, 1999(c).


MOSER, B. Clarice, uma biografia. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

OLIVEIRA, M. E. Clarice Lispector: um diálogo entre Filosofia e Literatura. Transformação. São Paulo, v. 11, dez. 1988. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31731988000100009&script=sci_arttext>. Acesso em: 08 jan 2014.

PONTARA, M. N.; ABAURRE, M. L. A prosa pós-moderna. In: ______. Literatura Brasileira: tempos, leitores e leituras. São Paulo: Moderna, 2005. p. 614-633.

Téléchargements

Publié-e

2020-11-23

Comment citer

Façanha, L. da S., Miguel Feitosa , M. M. ., & Moraes Gomes , J. M. . (2020). O SENTIDO ORIGINÁRIO DA PALAVRA POÉTICA EM ÁGUA VIVA. Revista Cerrados, 29(54), 151–158. https://doi.org/10.26512/cerrados.v29i54.31165

Numéro

Rubrique

Dossiê: Clarice Lispector: 100 anos entre outras artes

Articles similaires

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.